Museu Emílio da Silva será reformado com investimento de R$ 429 mil

O prefeito de Jaraguá do Sul, Antídio Lunelli e a secretária Municipal de Cultura, Esporte e Lazer, Natália Lúcia Petry, assinaram na tarde de ontem (7), a ordem de serviço autorizando o início das obras de reforma e restauro do Museu Histórico Emílio da Silva, no Centro do município.

Natália destaca que a obra contempla reforma de telhado, das marquises, do forro, restauro da alvenaria, além da troca nas instalações elétricas e pintura da parte interna e externa, mantendo as características originais do prédio. O investimento é de R$ 429,2 mil.

Segundo Lunelli, a parte externa apresenta desgaste e precisa de reforma, pois trata-se de um cartão-postal de Jaraguá do Sul que recebe visitantes durante o ano todo.

“Como prefeito, eu fico envergonhado em ver o nosso museu nessa situação, mas feliz por fazer parte dessa obra que visa preservar o acervo histórico exposto no local”, destaca.

O prefeito também aproveitou a presença de representantes da Cubica Construções Ltda, empresa vencedora da licitação, para cobrar agilidade e qualidade durante as obras.

O prazo para execução dos trabalhos é de 150 dias consecutivos, em torno de cinco meses, a contar do primeiro dia útil após o recebimento da ordem de serviço.

A previsão é de conclusão em outubro e o museu deverá funcionar normalmente durante a reforma do prédio.

Investimentos

De acordo com Natália, o valor máximo previsto para a restauração era de R$ 430,1 mil, dos quais, R$ 349,2 mil vem do Fundo Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural, Arqueológico, Artístico e Natural (Fumphaan) e os outros R$ 80,9 mil são oriundos de recursos da Prefeitura.

Mas a empresa que ganhou a licitação apresentou proposta de R$ 196 mil referente à mão de obra e R$ 233,1 mil em relação aos materiais, reduzindo o investimento final. “O valor do Fumphaan tem parte de suas receitas de multas aplicadas sobre infrações que envolvem o patrimônio histórico”, destaca Natália.

Lunelli e Natália destacaram a importância do museu ao assinarem a ordem de serviço | Foto Eduardo Montecino/OCP News

A secretária explica que em 2018 uma empresa concorreu ao edital, venceu a licitação, mas não tinha capacidade técnica para fazer a restauração do prédio, tombado como patrimônio histórico.

Museu recebe centenas de visitantes por mês

O prédio do museu começou a ser construído em 1938 e já abrigou a sede dos três poderes do município: Prefeitura, Câmara de Vereadores e Fórum. O museu foi instalado em 2001 e desde então mais de 232 mil pessoas já passaram pelo local, sendo 711 somente em abril deste ano.

A chefe dos museus de Jaraguá do Sul, Ivana Cavalcanti, diz que a maioria das pessoas que visitam o museu são estudantes que fazem excursão pelas escolas da região e se apaixonam pelas 4,1 mil peças catalogadas no prédio.

“Tem muitos alunos que vêm através da escola e depois voltam com os pais. Isso é importante para mostrar a história do município ao futuro da sociedade”, comenta.

Ivana destaca que o espaço museológico pode ser visitado de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 11h30, e das 13 às 17 horas. Aos sábados, o prédio está aberto das 9h às 12 horas. É possível agendar visitas monitoradas pelo telefone 3371-8346.

Atualmente, o museu conta com oito funcionários, sendo dois monitores, dois funcionários de limpeza, três estagiários, além da chefe dos museus municipais.

Reforma na praça ganha projeto executivo

A expectativa a Prefeitura de Jaraguá do Sul é terminar outra obra na faixa central do município ainda este ano. Para a praça Ângelo Piazera, foi licitado o projeto executivo para a revitalização de toda área.

Natália disse que ainda não tem o dimensionamento do custo, que deverá ser descoberto quando o projeto executivo estiver completo, algo previsto para acontecer no meio de maio. Lunelli disse que o projeto está em prazo de recurso entre as duas empresas participantes da licitação.

O prédio na lateral, movimentado pela Associação Jaraguaense de Artistas Plásticos (Ajap), também deve passar por uma reforma e abrigar uma cafeteria durante o dia e uma choperia à noite. Atualmente, a praça tem boa parte da estrutura tomada por estacionamentos, que deixarão de existir.

O palco, que hoje está descoberto, deve receber uma concha acústica para uso de eventos de menor porte.

“A ideia é deixar o espaço mais atrativo para os munícipes, além de embelezar com obras de paisagismo, mas sempre preservando seu aspecto histórico”, conta.

 

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