Opinião: “O futuro do trabalho é remoto, ágil, global e humano”, por Fernando Seabra

Confira o artigo “O futuro do trabalho é remoto, ágil, global e humano”, de Fernando Seabra*

“Quando pensamos sobre o futuro uma infinidade de indagações vem à nossa mente e passamos a nos questionar sob vários aspectos tanto de nossa vida pessoal, como da sociedade em geral. Qual e como será meu futuro? Será que estarei casado com 30 anos? Será que terei filhos? Será que serei dono do meu próprio negócio ou serei servidor público? É óbvio que prever o futuro é impossível, afinal, bola de cristal só existe em historinhas infantis. Porém, quando pensamos no “futuro do trabalho”, já se pode desenhar algumas mudanças e traçar tendências segundo observações e estudos.

Dizer que os tempos mudaram seria redundante, evidente. A questão aqui é: Como esta mudança está afetando e afetará nossos profissionais e a nós mesmos como seres humanos. Afinal, quais são os maiores desafios no mercado de trabalho para a próxima década? Qual será a característica essencial do funcionário do futuro? Como os RH’s irão se portar frente as novas mudanças?

A transformação é constante e ininterrupta, ressignificando nossos comportamentos em distintos âmbitos para além do termo “digital”. Nos RH’s das empresas, por exemplo, o digital se faz cada vez mais presente na hora de contratar um colaborador. Ledo engano quem pensa ter controle ou privacidade da sua vida em tempos de mídias sociais. Inclusive, existem formas de mapear, acompanhar e estudar perfis profissionais através da forma como as pessoas se colocam e se posicionam nas mídias sociais. É importante estarmos atentos com todo o conteúdo que publicamos e como nos expressamos nas redes sociais. Onde tudo se lê, tudo se vê, e em quase tudo se acredita, é importante não perder de vista a “saúde digital”.

Importante analisarmos que, apesar da tecnologia já ser parte intrínseca de nossas vidas é o momento de admitir que ela nos padronizará e que o diferencial competitivo será investir no ser humano como indivíduo. Arrisco a dizer que quem tiver o domínio do pilar das ciências antropológicas, filosóficas e sociológicas irá se destacar entre os demais. Aprender será o único caminho possível para os novos tempos, que algo novo – e incrível – está acontecendo em algum lugar e sempre é tempo de sermos, novamente, aprendizes.

O profissional que você quer ser é o que determinará o caminho a ser percorrido. Diploma ou certificado da pós-graduação são importantes, contudo, não fundamentais. A nova geração de profissionais estará em busca de novas formas de aprendizagem para construir seu próprio conhecimento. Vale ressaltar que 65% dos alunos do ensino básico irão trabalhar em empregos que ainda nem existem”. Seremos desafiados constantemente a saber mais e a descobrir respostas que ainda não estão disponíveis em nenhum lugar. Será preciso desenvolver novas habilidades.

Todo mundo tem algo para ensinar e mais ainda para aprender. Os talentos estão dispersos em cada um de nós, em rede conseguimos unir diversas inteligências para resolver os mais complexos problemas. A pergunta que fica (eu como pai me questiono recorrentemente) é: Quais conselhos eu darei aos meus filhos para que eles se conheçam como “bons” profissionais e se reconheçam como seres partícipes de uma sociedade digital, global e humana? Acredito que o tempo nos dará as diretrizes de como nos adaptar à nova realidade desta sociedade líquida.”

*Fernando Seabra fará uma das palestras da 6ª Expoinovação, nesta semana, em Joinville. Ele é especialista em inovação, empreendedorismo e startups. Lidera o Grupo de Relacionamento com Investidores do Departamento da Micro, Pequena e Média Indústria e Acelera Fiesp, hoje o maior projeto de integração do ecossistema brasileiro de empreendedorismo. Mentor do Founders Institute, comanda a equipe de analistas do programa Shark Tank Brasil, além de diversos processos de avaliação de startups. Os pilares da criação, com Fernando Seabra.

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