
Humberto Furtado abriu uma galeria itinerante para expor seu trabalho em Jaraguá do Sul
Tendo Jaraguá do Sul como cidade de nascimento, mas o mundo como sua casa, Furtado já passou por mais de 50 cidades africanas, por países como Tailândia e Itália, e mais de nove Estados brasileiros. Em cada um desses locais, conheceu pessoas e lugares que o fizeram aprender e crescer, além de aprimorar seu olhar fotográfico. Na exposição, Furtado apresenta um resumo fotográfico de cinco anos de trabalho, se despede do projeto “Esmola Fotográfica”, de 2011 – as fotos desse projeto também integram a exposição –, e prepara-se para imergir em uma nova empreitada: o Ser Hum.
“Olho da Alma é a compreensão de tudo que vi nesses cinco anos: indígenas, elefantes, quilombo, asiáticos, africanos. Seres que são cheios de singularidades e que mostram que não é a camada exterior que importa, mas o ser que há dentro”, enfatiza o fotógrafo. Cerca de 20 quadros compõem a exposição, sendo que algumas fotografias foram impressas em papel italiano de algodão e outras no elephant dung paper, um papel especial feito com fezes dos elefantes tailandeses. As imagens trazem a trajetória do artista, desde o contato com o elefante que cuidou na Tailândia, cenários e pessoas que viu no Camboja, até a simplicidade e influências africanas do Brasil, em cenas que ele imaginava encontrar apenas na África. “O que fica mais forte em cada uma delas (fotografias) é a aproximação que tenho com as pessoas que fotografei. Os personagens que conheci que fizeram perceber que o fundo não importava mais. As pessoas que são protagonistas da fotografia”, salienta.