Número de pessoas com TOC cresce e distúrbio exige tratamento

Por: OCP News Jaraguá do Sul

20/07/2017 - 10:07 - Atualizada em: 20/07/2017 - 11:51

Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) tem crescido, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Atos repetitivos podem ser classificados como TOC, como lavar a mão diversas vezes ao dia. De acordo com a OMS, até 2020 o TOC deve estar entre as dez causas mais importantes de comprometimento por doenças no mundo.

Esse é o segundo distúrbio mais comum do planeta, atrás apenas da depressão. No Brasil, estima-se que 4,5 milhões de pessoas sofram com esse transtorno. Uma mania só não indica necessariamente que a pessoa sofra da doença. O que caracteriza o TOC são obsessões ou compulsões recorrentes, que consomem tempo e causam sofrimento à pessoa.

Segundo a psicóloga Edyclaudia Gomes de Sousa, membro da Sociedade Brasileira de Psicologia, para verificar a doença é preciso observar quanto tempo a pessoa repete determinada ação. Mas o transtorno também pode estar nos pensamentos. “Tem pessoas que sofrem quando pensam que um parente vai morrer. Nesse caso, elas precisam ter certeza que o familiar está bem. O TOC está nos pensamentos e não só como a gente vê nos filmes, da pessoa mexer em uma porta várias vezes ou limpeza da mão”, explica.

O transtorno também pode aumentar o quadro de ansiedade, o que também amplifica os sintomas. “O TOC gera a ansiedade. Ansiedade é normal, mas se a pessoa fica muito preocupada se não tiver determinada ação, esse quadro aumenta”, diz a profissional.

Conforme a psicóloga, até mesmo em crianças é possível verificar o comportamento. “A criança quer um brinquedo em um único local, se tira do local ela fica irritada, chora ou reclama. Isso exige uma observação, precisamos ver quanto tempo isso se repete”, comenta.

Em todos os contextos, o tratamento psicológico é uma das ferramentas para superar o transtorno, mas muitas pessoas ainda sentem dificuldade de falar sobre o assunto, ressalta Edyclaudia. “Tudo que é incomum para a sociedade a pessoa tem dificuldade de comentar. Ela tem vergonha de procurar tratamento, só busca quando está sofrendo muito”, finaliza a psicóloga.