Novas áreas de cultivos de ostras e mexilhões são interditadas em SC

A interdição é necessária quando é detectada uma concentração de ficotoxina Ácido Okadaico acima dos limites permitidos | Foto Epagri/Arquivo

Por: Ewaldo Willerding Neto

22/10/2020 - 14:10 - Atualizada em: 22/10/2020 - 15:00

A Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural anunciou a interdição das localidades de Perequê, Ilha João da Cunha e Araçá, no município de Porto Belo; Fazenda da Armação, em Governador Celso Ramos; Praia do Pontal e Praia do Cedro, em Palhoça nesta quinta-feira (22). Nessas áreas está proibida a retirada e comercialização de ostras e mexilhões e seus produtos, inclusive nos costões e beira de praia.

A interdição é necessária quando é detectada uma concentração de ficotoxina Ácido Okadaico acima dos limites permitidos nos cultivos de moluscos bivalves. Quando consumida por seres humanos, essa substância pode ocasionar náuseas, dores abdominais, vômitos e diarreia.

A Cidasc intensificou as coletas para monitoramento das áreas de produção de moluscos interditadas e arredores. Os resultados dessas análises definirão a liberação ou a manutenção da interdição. Os locais de produção interditados serão liberados após dois resultados consecutivos demonstrando que os moluscos estão aptos para o consumo.

Liberação parcial

Ainda permanecem parcialmente interditadas as áreas de Sambaqui, Cacupé, Barro Vermelho, Costeira do Ribeirão, Freguesia do Ribeirão e Santo Antônio de Lisboa, no município de Florianópolis. Nessas localidades está autorizada a retirada e comercialização apenas de ostras.

As ostras foram liberadas a partir de dois resultados negativos consecutivos para presença de toxina diarréica. O gerente de Pesca e Aquicultura da Secretaria da Agricultura, Sérgio Winckler, explica que ostras e mexilhões se comportam de formas diferentes diante da concentrações de algas tóxicas, por isso, a desinterdição é parcial. “Existem diferenças nos sistemas de filtração dos moluscos. A ostra concentra menos toxinas, por isso, foi possível a sua liberação antes dos mexilhões”.

Ainda permanece proibida a retirada e comercialização de mexilhões e seus produtos, inclusive nos costões e beira de praia dessas áreas.

 

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