Municípios da região se unem para criação de planos municipais de mobilidade urbana

Por: Elissandro Sutil

05/04/2018 - 07:04 - Atualizada em: 16/04/2018 - 10:54

Estudar, projetar e efetivar um plano de mobilidade urbana que atenda às expectativas e demandas da cidade e da população não é tarefa simples. Porém, é necessária. Tão necessária que a criação do plano está prevista em lei. Segundo a legislação, os municípios com mais de 20 mil habitantes que ainda não desenvolveram seus planos de mobilidade tem até abril de 2019 para o apresentar. A lei já foi alterada, visto que o primeiro prazo havia se esgotado em 2015 e, para aqueles que protelarem mais uma vez, as sanções já estão previstas. Sem o plano de mobilidade, o município ficará impedido de contratar recursos federais com o objetivo de investir neste segmento.

Pensando nisso, a Comuvi (Comissão de Mobilidade Urbana do Vale do Itapocu) se reuniu nesta quarta-feira (4) para alinhar ações e projetos voltados à elaboração dos planos municipais de mobilidade urbana e também para começar a desenhar o plano regional de mobilidade urbana. Formada pela Avevi (Associação de Câmaras de Vereadores do Vale do Itapocu), Amvali (Associação dos Municípios do Vale do Itapocu), Associação dos Engenheiros e Arquitetos, Associações Empresariais e Prefeituras Municipais, a Comuvi elencou como a pauta principal, a criação de um primeiro diagnóstico a respeito da evolução dos planos de mobilidade dos municípios da região.

Para o presidente da Avevi, Charles Longhi, a intenção da criação da comissão é, justamente, a discussão e efetivação dos planos, por isso, a comissão deve acompanhar de perto os trabalhos que já vêm sendo realizados nos municípios. Além disso, o plano regional é pauta de extrema importância para a Avevi. “Precisamos dar uma atenção especial porque é uma questão que afeta e muito a todos nós e nossa região que está completamente interligada”, afirma.

O desenvolvimento deste diagnóstico teve como consequência a criação de um plano estratégico de ação e acompanhamento para que os planos saiam do papel, afinal, o prazo se encerra em um ano.

Jaraguá do Sul está adiantada neste processo. O plano de mobilidade urbana já foi elaborado há alguns anos, sendo base, inclusive, de estudo para a criação do processo licitatório do transporte coletivo da cidade.

Em Guaramirim, o prefeito Luís Antônio Chiodini garante que o plano está sendo elaborado junto a Amvali e em parceria com os outros municípios da região. De todos eles, apenas Jaraguá do Sul já possui o plano ativo. “Neste momento, estamos na fase de orçamentos e contratação dos serviços, pois todos os seis planos serão feitos com a mesma empresa para otimizarmos os custos e o tempo.  Desta forma, também o plano vai estabelecer uma uniformidade entre os municípios”, explica.

O prefeito ressalta ainda a importância do plano de mobilidade não apenas visando repasses financeiros, mas para que ele possa apontar com assertividade as melhorias necessárias para assegurar qualidade no fluxo tanto de pedestres quanto de ciclistas e veículos. “Sabemos que é um plano que vai provocar um impacto imediato, pois se trata de uma quebra de paradigmas do modelo que é utilizado, porém para o crescimento ordenado e planejado é necessária a implantação do plano que trará benefícios a todos os munícipes”, finaliza.