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Mulheres da Aldeia Piraí conseguem colocar DIU em mutirão realizado com ajuda de entidade jaraguaense

Foto Eduardo Montecino/OCP News

Por: Elissandro Sutil

01/08/2019 - 05:08 - Atualizada em: 31/07/2019 - 16:53

Dez mulheres indígenas da Aldeia Piraí passaram pela colocação de DIU (Dispositivo Intrauterino) nesta semana no Hospital e Maternidade Jaraguá. A ação faz parte de um projeto social do Centro Assistencial Eurípedes Barsanulfo (Caeb) com a aldeia localizada às margens da BR-280, em Araquari.

A entidade conta com o apoio voluntário de 500 profissionais e atende cerca de seis mil pessoas por mês com mais de 20 terapias.

De acordo com a dirigente espiritual do centro, Meire Nunes, o trabalho do Caeb com indígenas vem de longa data. A cada dois anos, o grupo vai até o Uruguai e Peru para realizar um trabalho espiritual com as aldeias de lá.

“Essa missão nos despertou o interesse de ajudar os índios que estão aqui também”, comenta Meire. Ao visitar o povoado de Araquari, a dirigente relata que se deparou com inúmeros problemas.

Foto Eduardo Montecino/OCP News

Além de animais mortos que são deixados no local e dificuldade em cultivar alimentos devido à qualidade do solo, a elevada taxa de natalidade preocupou o Centro.

“As mulheres nos pediram apoio para ter acesso a algum método contraceptivo”, explica. De acordo com Meire, cerca de 130 indígenas moram na Aldeia Piraí.

Destes, mais de 60 moradores seriam crianças. “Mulheres com 15 anos já têm três, quatro filhos. A situação é precária, eles dormem um em cima do outro”, aponta.

Mutirão solidário

Para auxiliar as mulheres da aldeia, os integrantes do Caeb se uniram e compraram os aparelhos de DIU. Eles também conseguiram uma sala cirúrgica do Hospital Jaraguá para fazer o procedimento gratuitamente. Médicos que fazem parte do Centro realizaram a colocação do dispositivo intrauterino.

A aquisição e implantação completa do aparelho, segundo Meire, custariam em média R$ 1.500 para cada mulher.

Uma das indígenas beneficiadas, Fátima Gabriel, de 38 anos, observa que algumas mulheres da aldeia estão há dez anos na fila de espera do SUS para conseguir o método contraceptivo.

“Vai ser muito bom. As meninas querem continuar estudando e ter um emprego fora, assim como quero também, mas se tivermos mais filhos não vamos conseguir”, relata. Todas as dez mulheres que passaram pelo procedimento já são mães.

O Caeb faz ações sociais durante o ano todo. Empresas que quiserem ajudar podem entrar em contato com a entidade, que também pode ser apoiada pelo pagamento do Imposto de Renda. O Centro Assistencial fica na rua 13 de Maio, bairro Amizade.

O telefone para contato é (47) 3275-0001.

 

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Elissandro Sutil

Jornalista e redator no OCP