O Ministério Público de Santa Catarina promove, em Florianópolis, no dia 14 de setembro, um evento para dialogar com pais, filhos e educadores sobre o combate e a prevenção ao suicídio.
O evento, que está na quarta edição, tem como objetivo mostrar que é possível identificar fatores de risco e de prevenir o suicídio.
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Com profissionais especialistas no tema, o encontro é também uma forma de orientar jovens e adolescentes a perceberem eles mesmos quando estão em situação de risco.
A psicóloga Renata Neres vai abordar o tema “Primeira infância: riscos e prevenção”. De acordo com a especialista, é na primeira infância que se formam algumas características dos futuros adultos.
Por isso, o vínculo afetivo e o diálogo dos pais são fundamentais na construção e na prevenção do sofrimento psíquico.
“Alguns pais se vêem impelidos a satisfazer seus filhos sem frustra-los, essa superproteção tem consequências sérias como por exemplo, a não aquisição de recursos emocionais para viver situações reais da vida”, explica a psicóloga Renata Neres.
A pediatra e psicóloga Catarina Costa Marques ministrará a palestra “Saúde mental na adolescência”. Cobranças em casa e na escola, bullying e tantos outras pressões sociais podem causar danos em jovens que já se encontram frágeis emocionalmente. Além disso, a dependência da internet já é considerada uma doença psicológica. A combinação desses fatores traz prejuízo emocional e isolamento social, por isso é preciso estar atento ao comportamento.
“Infelizmente os pais de adolescentes procuram ajuda quando percebem queda nas notas escolares, mas é preciso olhar antes e entender os alertas que são dados pelo comportamento diário”, enfatiza a pediatra e psicóloga Catarina Costa Marques.
A psiquiatra Sandra Paula Peu da Silva vai falar sobre como a comunicação pode ajudar na prevenção do suicídio e na orientação para buscar ajuda especializada.
“A comunicação chega até nós em uma velocidade nunca experimentada e é preciso ter cuidado na forma de comunicar qualquer conteúdo. Comunicar de forma errada ou superficial pode causar sofrimento e adoecimentos”, explica a psiquiatra Sandra Paula Peu da Silva.
Ela reforça que, em tempos marcar presença nas redes sociais, os jovens têm a necessidade de criar um “avatar”.
“As pessoas colocam uma máscara para mostrar o tempo todo que são felizes, bem-sucedidas, bonitas etc. Às vezes temos falhas, tristezas, e isso também pode ser compartilhado. Não falar sobre nossas angústias também pode causar doenças”, diz.
Segundo ela, os cidadãos precisam usar a comunicação para aproximar pessoas, para ajudar mais, de uma forma até terapêutica.
“Por meio da comunicação podemos diminuir preconceitos, ajudar pessoas e combater o suicídio”, afirma.
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