No Quirguistão, uma clínica médica precisou jogar cerca de mil doses da vacina Sputnik V, contra a Covid-19, pois uma pessoa desligou o refrigerador onde estavam armazenadas para carregar o seu celular.
O caso ocorreu em abril, na cidade de Bisqueque, mas foi divulgado apenas agora. O governo do país, de aproximadamente seis milhões e meio de pessoas, foi duramente criticado pela tentativa de ocultar a informação. As vacinas faziam parte de um lote de 20 mil doses entregues pela Rússia.
O ministro da Saúde, Alimkadyr Beyshenaliyev, contou que um trabalhador da manutenção pode ter sido o responsável pelo erro, ao procurar uma tomada para carregar o celular.
“Se a culpa for de um dos funcionários, da senhora da limpeza, ou de outra pessoa, a clínica terá de responder financeiramente”, disse o ministro.
O mesmo ministro, em abril, apareceu na televisão promovendo a raiz de uma planta como a “cura milagrosa” para a Covid-19, mas essa raiz é altamente tóxica para os humanos.
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Foto: VYACHESLAV OSELEDKO / AFP
Ainda, ele ingeriu alguns goles do remédio em frente aos jornalistas. Na composição do remédio, existe um extrato de raiz de acônito, que contém toxinas mortais para o homem, mas é utilizada na medicina tradicional.
O Quirguistão enfrenta uma terceira onda de Covid-19. De acordo com o último boletim divulgado nesta sexta-feira (21), o país registra mais de 100 mil casos e 1.735 mortes da doença.
Casos semelhantes no Brasil
Em fevereiro deste ano na cidade de Rio Bananal, no Espírito Santo, ocorreu uma situação parecida. O município de aproximadamente 19 mil habitantes, perdeu todas as doses que estavam disponíveis.
De acordo com a prefeitura, vândalos invadiram o local durante a madrugada e desligaram o relógio de energia elétrica da central de vacinação e 133 doses foram perdidas.
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Foto: Eduardo Dias/TV Gazeta
Outra situação aconteceu nesta semana no estado de Goiás. A cidade de Paranaiguara perdeu vacinas suficientes para 8% da sua população.
As mais de 870 doses da vacina da Astrazeneca estavam armazenadas em um refrigerador que sofreu falhas técnicas durante a madrugada de domingo (16) e os profissionais da saúde só notaram o problema na segunda-feira (17).
As doses da Astrazeneca precisam estar armazenadas em temperaturas de 2ºC a 8ºC, mas chegaram a 28ºC.
A secretaria de Saúde do município abriu uma investigação e vai analisar se as doses serão descartadas ou não.