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Meliponário surge como proposta de educação ambiental, em Jaraguá do Sul

Foto: Divulgação PMJS

Por: Isabelle Stringari Ribeiro

22/11/2023 - 14:11 - Atualizada em: 22/11/2023 - 16:21

A Secretaria de Desenvolvimento Rural e Abastecimento informa que o Meliponário Municipal já está instalado no Parque da Inovação, no bairro Três Rios. O objetivo é estimular a Meliponicultura no município, que consiste na criação de abelhas sem ferrão, conhecidas como meliponas. Segundo o secretário de Desenvolvimento Rural jaraguaense, Marcos Voltolini, o projeto começou a tomar forma em 2020, por meio de recursos de emenda do então senador Jorginho Mello, atual governador do Estado, no valor de R$ 100 mil.

A coordenadora do projeto, a veterinária da Secretaria de Desenvolvimento, Valéria Lungov, destaca que a estrutura está pronta e pode receber visitas de escolas e da comunidade em geral, podendo também se tornar um ponto de palestras sobre o tema.

“O foco do nosso meliponário é educacional, é mostrar principalmente para as crianças como as abelhas são de extrema importância para a polinização em ambientes naturais e também em áreas cultivadas. Como são importantes polinizadoras, nós temos que protegê-las”, observou.

 

Foto: Divulgação PMJS

O meliponário abriga três tipos de abelhas: Jataí (Tetragonista angustula), Mirim (Mirim sp.) e a Mandaçaia (Melipona quadrifasciata Lepeletier), distribuídas em 20 caixas, sendo 12 ao ar livre e oito dentro do quiosque do meliponário. Além disso, o local conta com placas informativas sobre as espécies criadas ali.

“Nós temos esses três tipos aqui no parque, que são sem ferrão e não atacam. Pensamos nisso por causa das crianças que frequentam o parque”, assegurou Valéria.

Com propósitos educativos, as caixas no quiosque, feitas em fibra de coco, podem ser abertas de forma que a colmeia possa ser visualizada através de uma estrutura de vidro.

“Assim, as crianças vão saber como é a rotina das operárias e até da própria rainha na construção e manutenção da colmeia”, ilustrou a veterinária.

Quanto ao manejo, Valéria explica que alguns cuidados devem ser tomados para quem deseja criar esses tipos de abelha. “É bom que fique claro que quando pegamos um enxame, é sempre um enxame novo. Normalmente, com auxílio de iscas, pegamos aquela família que ‘enxameia’, que sai da sua colmeia e vai para um outro local, com uma princesa. Nunca uma família que já está instalada na natureza, já que nosso intuito é protegê-las. Por serem polinizadoras, são muito importantes. Se ficarmos sem elas, não vamos ter alimentos”, ponderou Valéria Lungov.

Quanto à produção de mel, Valéria esclarece que há diferença entre o mel produzido por espécies conhecidas como a Apis.

“É bom que se diga que as abelhas que conhecemos, a Apis, produzem mais mel que as meliponas. Já as abelhas sem ferrão produzem menos, mas o valor comercial do mel delas é bem maior. O mel da mandaçaia tem um sabor diferenciado, o da jataí e da mirim possuem outros sabores. Geralmente, as pessoas costumam gostar mais do mel das abelhas sem ferrão”, argumentou a veterinária.

Quanto à utilização do espaço, a Secretaria de Desenvolvimento Rural planeja, para o próximo ano, buscar a colaboração da Secretaria de Educação para organizar visitas didáticas de estudantes da Rede Municipal ao local. O espaço também estará aberto para que produtores realizem palestras e workshops sobre o tema, sempre acompanhados de um representante da Secretaria de Desenvolvimento Rural.

“Será um espaço para criar uma consciência da importância da meliponicultura não apenas como fonte de renda, mas como uma forma de preservação do próprio meio ambiente”, afirmou Valéria Lungov.

Foto: Divulgação PMJS

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Isabelle Stringari Ribeiro

Jornalista de entretenimento e cotidiano, formada pela Universidade Regional de Blumenau (FURB).