Em 2008, ano que foi anunciado, o Residencial Santa Luzia deu esperança a muitos jaraguaenses que estavam em busca de um lar.
Porém, 11 anos depois, as obras estão paradas e as 155 famílias beneficiadas pelo programa Minha Casa Minha Vida ainda não aproveitam a tranquilidade que sonhavam ter.
Com previsão inicial para ser entregue em 2011, o residencial só começou a ser erguido em março de 2014, e a passos lentos.
A execução das obras ficou por conta da Construtora Sulbrasil Engenharia e Construções Ltda e o prazo de conclusão foi estendido para junho de 2015.
Segundo o diretor de Habitação de Jaraguá do Sul, Luís Fernando Almeida, a Sulbrasil solicitou prorrogação do cronograma da obra em 2016 e a previsão para conclusão foi para março de 2018.
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Devido ao não cumprimento da data, em setembro de 2018 a CEF (Caixa Econômica Federal) retomou a obra da Construtora para dar continuidade aos trabalhos.
“A Caixa está dando todo encaminhamento na parte burocrática para contratar outra empresa e acelerar a obra”, comenta.
Almeida acredita que os consequentes atrasos do residencial aconteceram devido à falta de responsabilidade e comprometimento da Sulbrasil e da fiscalização da própria Caixa Econômica Federal.
“É preciso saber que essa obra tem um critério social muito grande e não se deve pensar somente em lucrar. Isso deveria ser evitado em obras públicas”, opina.
Responsabilidade do município
Toda a parte burocrática que engloba verificar quais famílias estão aptas a irem para essas unidades habitacionais é de responsabilidade da Prefeitura.
Almeida afirma que os processos de cadastramento das famílias, análise técnico-social, de seleção e encaminhamento dos documentos junto à Caixa já foram finalizados no ano passado.
“Todo trabalho que diz respeito à administração municipal já foi feito”, destaca.
Segundo Almeida, a CEF pediu para que o município acelerasse esse processo tendo em conta que as obras ficariam prontas em 2018.
O diretor ressalta que seria melhor a etapa nem ter sido feita, pois criou falsa expectativa nos jaraguaenses.
“Nesse tempo, já tivemos pessoas que faleceram, mudaram de cidade, compraram outro terreno e desistiram com um tom de desolamento”, destaca.
Ele afirma que a Caixa está fazendo a planilha orçamentária com os custos para a finalização desse empreendimento.
“Se tudo transcorrer dentro da normalidade, a estimativa é que o residencial seja entregue no segundo semestre de 2020”, estima.
Almeida ressalta que tudo que estava no alcance da Prefeitura já foi feito e o que resta agora é cobrar os responsáveis.
“Não temos nada o que fazer a não ser cobrar a finalização dos tramites para dar continuidade nas obras”, completa.
Déficit de moradias em Jaraguá do Sul
Almeida destaca que existem mais de 5 mil famílias jaraguaenses inscritas em programas habitacionais da Prefeitura, sendo que cerca de mil atualizam o cadastro todo o ano.
O secretário acredita que aproximadamente 600 famílias realmente necessitam de uma moradia e 155 delas vão para o Santa Luzia.
Ele ressalta que cerca de 2 mil famílias já foram beneficiadas pelo programa Minha Casa Minha Vida em Jaraguá do Sul.
A Secretária de Assistência Social e Habitação está fazendo um estudo para lançar uma campanha de recadastramento das famílias, visando detalhes e ajustes que precisam ser feitos, pois há dados desatualizados.
O Residencial Santa Luzia está localizado na rua Ermínio Nicolini, número 559, no bairro Santa Luzia.
Ele reúne cinco blocos de quatro pavimentos, com 31 apartamentos cada, totalizando 155 unidades habitacionais.
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