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Mais 10 pinguins são soltos na Praia do Moçambique, em Florianópolis

10 aves marinhas foram soltas na Praia do Moçambique | Foto Nilson Coelho/R3Animal

Por: Ewaldo Willerding Neto

14/10/2020 - 12:10 - Atualizada em: 14/10/2020 - 12:40

 

Chegou o momento de mais um grupo de pinguins-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus) voltar para casa. São 10 aves que foram liberadas ao habitat natural, na manhã desta quarta-feira (14) na Praia do Moçambique, em Florianópolis. Este é o terceiro grupo a ser liberado este ano desde meados de outono, início da temporada anual de migração dos pinguins desde a Patagônia, na Argentina.

As aves soltas haviam sido resgatadas no litoral catarinense entre junho e agosto, pelas equipes do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) e foram reabilitadas no Centro de Pesquisa, Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos (CePRAM/R3Animal), em Florianópolis.

As aves soltas haviam sido resgatadas no litoral catarinense entre junho e agosto | Foto Nilson Coelho/R3Animal

 

Das 10 aves, três foram resgatadas pela equipe do PMP-BS junto à Universidade de Joinville (Univille), na região de São Francisco do Sul. O Instituto Australis foi o responsável pelo resgate de duas aves, número igual ao resgatado pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali). A equipe do PMP-BS junto a Universidade do Estado de SC (Udesc) resgatou três pinguins. Todas as instituições junto com a R3 Animal executam o PMP-BS no Estado.

Primeiro grupo

O primeiro grupo liberado nesta temporada 2020, com 20 pinguins, ocorreu no dia 3 de agosto. A segunda leva ocorreu no dia 24 de agosto, com 13 pinguins. Em 2019, 67 pinguins foram reabilitados com sucesso e soltos pela R3 Animal.

 

Todos os pinguins passaram por exames complementares | Foto Nilson Coelho/R3Animal

 

Todos os pinguins passaram por exames complementares, realizaram o teste de impermeabilização das penas e receberam um microchip com um número de identificação.

 

Animais juvenis

Os pinguins que encalham nas nossas praias, em sua grande maioria, são animais juvenis, estão em seu primeiro ano de vida e encaram pela primeira vez a longa viagem de migração.

A falta de experiência dos jovens pode causar dificuldade em se alimentar, muitos se perdem dos bandos e ficam debilitados, encalhando nas praias. Há também aqueles que interagem com petrechos de pesca. Mesmo não sendo fauna alvo de pescarias, eles podem ser capturados incidentalmente. É a chamada captura bycatch, ou seja, não intencional.

São 10 aves foram liberadas ao habitat natural | Foto Nilson Coelho/R3Animal

Encontrou um pinguim encalhado?

 

  • Mantenha distância e afaste os animais domésticos, eles podem transmitir doenças aos pinguins
  • Se possível, use uma toalha para conter o pinguim e coloque-o em uma caixa de papelão para mantê-lo aquecido. Cuidado com o bico!
  • Não o alimente, não molhe, jamais coloque-o no gelo. Se ele saiu da água, pode estar cansado, desidratado, doente ou com a temperatura corporal baixa. Não o force a entrar na água.
  • Ligue no telefone 0800 642 3341 e a base mais próxima do PMP-BS irá resgatar o animal.
  • O CePRAM/R3 Animal fica localizado no Parque Estadual do Rio Vermelho, unidade de conservação sob responsabilidade do Instituto do Meio Ambiente (IMA-SC), em parceria com a Polícia Militar Ambiental.
  • O PMP-BS é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal, conduzido pelo Ibama, das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos.
  • O objetivo é avaliar possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, através do monitoramento das praias e atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos encontrados mortos.
  • O PMP-BS é realizado desde Laguna até Saquarema (RJ), sendo dividido em 15 trechos. Em Florianópolis, o Trecho 3, o projeto é executado pela R3 Animal.

 

Ações serão realizadas pelas equipes do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) | Foto Nilson Coelho/R3Animal

 

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Ewaldo Willerding Neto

Jornalista formado pela UFSC com 30 anos de atuação.