Uma mãe depois de sete anos descobriu que a criança que ela levou para casa não é sua filha biológica. Um exame de DNA provou que não há nenhuma relação sanguínea entre a mulher e a menina.
Geruza Ferreira deu à luz uma menina no Hospital Regional de Planaltina, no Distrito Federal (DF), no dia 14 de maio de 2014. Ela teve relações com um homem entre 2010 e 2013, mas no fim da gestação se separaram.
Por anos os vizinhos de Geniza questionavam a real progenitora da criança pela diferença de cor da pele entre elas.
“Por volta das 5h, eu tive a bebê. Eles levaram, deram banho, trouxeram e me deram. Quando eu cheguei em casa, os vizinhos, por eu ser mais clara e o pai dela também ser claro, sempre falavam: ‘Essa menina é muito escura’. Mas na minha família tem todas as cores, aí eu nunca dei importância para isso”, diz.
O ex-companheiro registrou a menina e ajudou financeiramente nos primeiros anos, porém não tinha contato próximo com ela. Mas em 2020, Geniza foi surpreendida com um processo, movido pelo homem, que pedia a exclusão de seu nome no registro da criança.
Ele havia feito um exame de DNA, que comprovou que a menina não era filha dele.
Desconfiada com toda a situação, Geruza fez um exame de DNA para comparar o próprio sangue e o da menina. O resultado a assustou. A menina não tinha nenhuma relação sanguínea com Geniza.

Foto: Reprodução.
“Foi um crime o que fizeram, comigo e com a outra família. A menor que está comigo eu sei que está sendo bem cuidada, tem amor. E a outra? Onde e como está? Como está sendo tratada? Ás vezes, eu nem durmo a noite, pensando”, diz Geruza.
O governo do Distrito Federal nega que possa ter ocorrido a troca de bebês no hospital. Mas em agosto deste ano, a Justiça do DF entendeu que houve sim a troca e determinou uma indenização de R$ 300 mil por danos morais.
A Procuradoria-Geral do DF se posicionou sobre o caso:
“A Procuradoria-Geral do Distrito Federal (PGDF) informa que já recorreu da Decisão.”
A Secretaria de Saúde do DF também liberou um comunicado:
“A Secretaria de Saúde informa que ainda não foi notificada oficialmente sobre o processo. É importante ressaltar que esses casos correm em segredo de justiça, e sempre que notificada, a pasta fornece todas as informações necessárias às autoridades judiciais.
Por fim, a secretaria destaca que está à disposição da justiça para os devidos esclarecimentos.”