“Lutar não é coisa de vagabundo”: Confederação emite nota de repúdio a Salvaro

Por: OCP News Criciúma

24/05/2022 - 22:05 - Atualizada em: 24/05/2022 - 22:09

A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT) emitiu nota de repúdio às ações e palavras do prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSDB), que em vídeo, veiculado nas redes sociais, declarou que os dirigentes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Criciúma (Siserp) teriam invadido a sede da Prefeitura de Criciúma. “O que não é verdade!”, defende a Confederação, informando que o prefeito no vídeo informou que mesmo se estivesse no local não os atenderia.

“Além disso, o mesmo proferiu, de forma leviana e desrespeitosa, palavras contra os dirigentes sindicais. Ele disse ter um “sonho de ver os dirigentes trabalhando”, e concluiu com a atrocidade: “vão trabalhar cambada de vadios e comunistas!”, lembrou a Confetam/CUT.

Confira o que mais consta na nota de repúdio

“O direito a manifestação é constitucional e é premissa básica de qualquer democracia. A Constituição Federal de 1988 consagrou significativo avanço para a liberdade sindical no plano das relações entre o Estado e o sindicato, com a livre criação e administração das entidades sindicais, além da proibição de interferências por parte do aparelho estatal.

Em tempos onde a liberdade de expressão e os direitos fundamentais mais básicos precisam ser reafirmados todos os dias, é necessário que as instituições garantam o que parecia já estar consolidado e pacificado em nossa jurisprudência.

Os servidores e servidoras municipais de Criciúma (SC) reivindicam a reposição da inflação e, especificamente o magistério, o cumprimento do percentual em 33,24%. Em detrimento as solicitações, a gestão elevou os salários dos cargos políticos em até 60% em dezembro último, e neste ano repassou também mais 11% para esses cargos.

A Confetam/CUT solicita uma resposta plausível da gestão pública mediante a série de acusações graves aos servidores e servidoras.

Lutar não é coisa de vagabundo e sim de quem ter coragem de se indignar perante aos abusos de gestões autoritárias!”.