Letal e barata: fórmula para combater mosquito da dengue usa partícula de amido de milho e óleo de tomilho

Partículas possuem amido de milho e óleo de tomilho

Partículas possuem amido de milho e óleo de tomilho | Foto: Patrícia Cardoso/Unicamp

Por: Elissandro Sutil

11/08/2019 - 20:08 - Atualizada em: 11/08/2019 - 20:21

Uma partícula biodegradável, feita de amido de milho e óleo essencial de tomilho, capaz de combater as larvas do mosquito Aedes aegypti é uma das grandes descobertas de pesquisadores da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

O óleo de tomilho é um agente larvicida letal para o transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya.

Através da combinação dos dois compostos, foi criada uma partícula com liberação controlada de larvicida para pequenos volumes hídricos, como vasos de planta, pneus, garrafas e entulhos que podem servir de criadouro para o Aedes aegypti.

“Conseguimos obter uma partícula que se comporta exatamente como os ovos do mosquito. Enquanto o ambiente está seco, ela se mantém inerte e conserva o agente ativo protegido.”

 

A partir do momento em que entra em contato com a água, começa a inchar para permitir a liberação do larvicida”, explica a professora Ana Silvia Prata, coordenadora do estudo.

Após três dias, segundo ela, no período em que os ovos eclodem e tem início a fase larval, a partícula passa a liberar quantidades letais do princípio ativo na água.

 

 

A base partícula de amido de milho tem a função de envolver o óleo de tomilho, que é liberado lentamente quando entra em contato com a água.

“Enquanto a água estiver com a concentração do óleo, ele não será liberado. Secou e molhou de novo, aí que vai liberar mais óleo”, explicou a professora.

Ana Silvia explicou que a partícula desenvolvida pela FEA é barata e poderia ser produzida em grande escala para distribuição à população.

Mosquito da dengue na pele de uma pessoa

Aedes aegypti é transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya | Foto Reprodução/Ministério da Saúde

Segundo ela, esta seria uma medida complementar às campanhas que já têm sido feitas no país.

“A partícula teria o preço de R$ 30 o quilo, sendo R$ 15 a matéria-prima e R$ 15 o custo de produção”, apontou a professora.

Fonte: G1.

 

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