Ao observar a campanha de divulgação do perfume Insensatez, da marca O Boticário, os jaraguaenses podem ter reconhecido um dos rostos em destaque na publicidade. O modelo é Wesley Felipe Schmitt, de 20 anos. Natural de Jaraguá do Sul, há um ano ele se mudou para São Paulo com o intuito de iniciar a carreira nas passarelas e seguir com estudos de dança e atuação.
Como a proposta do O Boticário com o Insensatez é oferecer uma fragrância sem determinação de gênero ao consumidor, a marca procurava para a campanha modelos que tivessem uma profissão ou hobby vistos com preconceito pela sociedade. Wesley enviou sua história e foi pré-selecionado.
“Eu sempre fui muito hiperativo e, na escola, isso era um problema. Para compensar, meus pais me matricularam no vôlei, futsal e na dança, onde me identifiquei. Os meninos viam com estranheza eu ser dançarino e muitos me excluíam, não queriam ser meus amigos. Com o tempo me acostumei e percebi que o importante é fazer o que se gosta, independente do julgamento dos outros”, declara o modelo.
De abrangência nacional, o trabalho já está abrindo outras portas para Wesley, que pretende continuar no mercado. “Agora é a hora de aproveitar o momento e os desafios que surgirem com qualidade e sabedoria, sempre estudando para me aperfeiçoar”, considera. A campanha, como ele relata, foi produzida em duas etapas. Um dia foi dedicado apenas para as fotos e o outro para um vídeo comercial onde o jaraguaense se apresenta. “Foi incrível, tem muitos profissionais envolvidos para fazer tudo acontecer da melhor forma”, comenta.
Mais sonhos, menos preconceitos
Em 2016, Wesley protagonizou um espetáculo da escola de dança Cia das Artes, fazendo o personagem Peter Pan. Nesse ano, ele continua conciliando os estudos de dança e teatro com os testes para modelar. Quando morava em Jaraguá, o jovem não chegou a realizar trabalhos profissionais como modelo, sendo mais envolvido com a dança na cidade.
Sobre a importância da temática abordada pela marca, Wesley acredita que O Boticário foi feliz com a escolha e forma com que vem tratando-a. “O preconceito só atrasa a nossa evolução, faz as pessoas desistirem de seus sonhos, é coisa séria. Para resolver, acho que a mudança tem que começar por nós mesmos, com educação e respeito para lidar com as diferenças. Esse já é um grande passo para uma sociedade melhor”, conclui.
– Matéria por Dyovana Koiwaski