Depois de uma noite e madrugada de caos, a quarta-feira (17) tem sido de limpeza e contabilização de prejuízo para muitos moradores de Joinville afetados pela chuva. Entre às 18h desta terça (16) e as 6h desta quarta choveu na cidade mais de 167 mm, de acordo com a Defesa Civil municipal. Tanta água, somada a alta da maré, que passou de 1m70, fez ruas ficarem alagadas, residências e empresas inundadas e causou cerca de 26 desmoronamentos de terra.
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O Corpo de Bombeiros Voluntários de Joinville informou que atendeu a mais de 334 telefonemas de emergência devido à chuva das últimas horas. Mais de 25 socorristas passaram a noite prestando assistência à comunidade. Barcos foram utilizados para resgates. A Defesa Civil somou mais de 80 chamados durante e após as chuvas.
Pela a manhã, deu para ter uma ideia melhor de como Joinville foi afetada. No bairro Vila Nova, zona Oeste, as ruas ainda estavam cheias de água. O acesso ao bairro via cruzamento da rua 15 de Novembro com a BR-101 estava interrompido por conta da água represada. Quem precisava entrar ou sair do bairro nesta manhã tinha que usar o acesso via Rodovia do Arroz. Por volta das 10h, a água ainda não tinha baixado naquela região. A orientação da prefeitura é que as pessoas evitem sair de suas casas sem necessidade.
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Pirabeiraba foi uma das regiões mais atingidas pela chuva. A estação meteorológica localizada na Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, registrou 167 milímetros de água. Na região central, foram 103 milímetros. O rio Cachoeira chegou a transbordar em alguns pontos.
Houve alguns deslizamento no Jardim Paraíso e um raio atingiu uma casa naquela região. O telhado foi danificado e o morador recebeu lonas da Defesa Civil.
Rios subiram tanto que comprometeu ponte no bairro Jardim Paraíso | Foto Redes sociais
Abrigo. A prefeitura de Joinville instalou um abrigo temporário para atender pessoas que estão desabrigadas ou desalojadas por causa da chuva. A estrutura funciona no bairro Jardim Sofia, na Escola de Educação Básica Rodrigo Lobo, localizado na rua Cuba. Há 10 salas disponíveis com capacidade de atender a 200 pessoas. No momento cerca de 60 utilizam o espaço. Quem precisar usar essa estrutura devem entrar em contato com a Defesa Civil, no telefone 199, ou procurar diretamente o local do abrigo.
Serviços comprometidos
As chuvas também afetaram estruturas da prefeitura. Algumas unidades tiveram de ser fechadas para a limpeza e reparo dos estragos. Uma delas é a UBSF Jardim Paraíso I e II. O prédio ficou alagado, e parte dos medicamentos armazenados foi comprometida, assim como vacinas armazenadas na geladeira. Já a UBSFs Jardim Sofia e Jardim Paraíso V também estão fechadas porque as ruas de acesso continuam alagadas.
Na zona Sul, a UBSF Jardim Edilene está restrita à realização de curativo por falta de água. Um caminhão pipa foi solicitado para o abastecimento.
O Museu Arqueológico de Sambaqui estará fechado nesta quarta (17) e quinta-feira (18) para limpeza. A água invadiu o auditório e será necessário bombeamento para a retirada.
O Restaurante Popular do bairro Adhemar Garcia também fica fechado nesta quarta-feira (17) por causa da infiltração de água. Retorna as atividades na quinta-feira (18).
Chuva deixa bairros da zona Sul sem água
A chuva também comprometeu um reparo que a Companhia Águas de Joinville fazia na zona Sul da cidade. Com isso bairros como Fátima, Adhemar Garcia, Ulysses Guimarães, João Costa, Jarivatuba, Paranaguamirim e Parque Guarani tiveram o abastecimento comprometido. O serviço de reparo na rede foi retomado pela manhã e o abastecimento deve voltar a normalidade à noite.
Desconto na tarifa de água. A Companhia Águas de Joinville informou também que as pessoas que tiveram suas casas invadidas pela água terão desconto na próxima fatura. O benefício será aplicado para a quantidade a mais de água que foi necessária para lavar os imóveis. Basta o cliente levar a conta com valor elevado em uma das unidades da Companhia Águas de Joinville e solicitar o desconto. “Após a manifestação do morador, verificamos com a Defesa Civil se houve alagamento na determinada rua. Se sim, iniciamos o processo interno”, explica o gerente de atendimento ao cliente da Águas de Joinville, Marcos Pires. O abatimento no valor será feito por meio de uma média de consumo dos últimos seis meses
A Defesa Civil estadual informou que a situação também é complicada nas cidades de Brusque, Blumenau e Florianópolis por que há risco de deslizamentos de terra, devido à forte chuva.
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