Joinville registra mais de 300 focos do mosquito transmissor da dengue

Confirmação do novo caso aumenta a preocupação | Foto Ilustrativa/iStock

Por: Gabriel Junior

13/02/2019 - 17:02 - Atualizada em: 13/02/2019 - 17:36

Em menos de 2 meses, Joinville registra neste ano um aumento significativo do número de focos do mosquito da dengue, febre chikungunya e zika vírus quando comparado com os focos confirmados no mesmo período de 2018. Até o momento, o Serviço de Vigilância Ambiental da Secretaria da Saúde de Joinville confirmou 315 focos, enquanto até 12 de fevereiro de 2018 foram registrados 104.

Segundo a coordenadora do Serviço de Vigilância Ambiental da Secretaria da Saúde de Joinville, Nicoli dos Anjos, o aumento é causado pela falta de acompanhamento dos moradores com relação às medidas preventivas para a proliferação do mosquito.“O descuido da população é o maior motivo do aumento. Temos encontrado muitos vetores do mosquito nas casas. Um brinquedo, um copinho por mais de sete dias parados no quintal já é o suficiente para se tornar um criadouro”, adverte Nicoli.

Joinville registra um grande aumento no número de focos desde o ano passado. De 2017 para 2018, o aumento foi de 276%. Em 2017, durante todo o ano, a cidade registrou 292 focos, contra 806 em 2018. Neste ano, os focos estão mais concentrados nas regiões Leste, Sul e Sudeste de Joinville. A maior parte dos focos está concentrada nos bairros Boa Vista (71), Itaum (37), Fátima (38) e Jarivatuba (29).

Nicoli destaca que as regiões infestadas preocupam principalmente porque é muito difícil de conter a proliferação do mosquito e que este trabalho pode durar dois anos ou mais. Para quem mora perto de regiões infestadas pelo Aedes aegypt, a coordenadora alerta: “Os bairros próximos devem ficar atentos, pois o mosquito pode voar até lá ou ser levado dentro de um carro, por exemplo”.

Prevenção 

As ações de prevenção são feitas pelos Agentes Comunitários de Saúde, ligados às Unidades Básicas de Saúde (UBS) e equipes do Serviço de Vigilância Ambiental, através de visitas aos domicílios, vistorias e eliminação de recipientes com água parada. “Precisamos unir forças neste período crítico, para que não tenhamos uma epidemia em nosso município. O Serviço de Vigilância Ambiental se coloca a disposição para qualquer auxílio de visitas e ações em conjunto com a comunidade”, informa Nicoli.

O Aedes aegypti tem como criadouros os mais variados recipientes que possam acumular água parada. Os mais comuns são pneus sem uso, latas, garrafas, pratos dos vasos de plantas, caixas d’água descobertas, calhas, piscinas e vasos sanitários sem uso. A fêmea do mosquito também pode depositar seus ovos nas paredes internas de bebedouros de animais, em ralos desativados, lajes e em plantas como as bromélias.

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Gabriel Junior

Repórter de segurança pública e editor de conteúdos gerais