Jaraguaense faz carreira no mundo dos games

Santininha atua há seis anos como atleta profissional de e-sports - Fotos: Divulgação

Por: OCP News Jaraguá do Sul

15/06/2016 - 04:06 - Atualizada em: 17/06/2016 - 11:59

A brincadeira de infância, quando conheceu de perto a “febre das lan houses” sob a influência do irmão, acabou virando um negócio sério na vida da jaraguaense Claudia Rosa Santini. Formada em Direito, a jovem mostra que game é coisa de menina sim. Após se aventurar por esse meio e ver que dá retorno financeiro, ela decidiu trabalhar com isso. Hoje integra a equipe More Than You (MTY) e é um dos destaques entre os atletas de e-sports no país.

Ela explicita bem o resultado da pesquisa Game Brasil 2016, que indica que as mulheres representam 52,6% do público que joga games no Brasil. Porém, para Santininha, como é conhecida, o jogo está longe de ser uma brincadeira. Desde 2010, ela atua como atleta profissional de e-sports, joga Counter-Strike (CS), e isso a possibilitou viajar por diversos lugares do mundo.

 

Engana-se quem pensa que o dia a dia de Claudia é tranquilo. Ela treina de domingo a sexta-feira, de três a quatro horas por dia com o time, além de precisar treinar individualmente e fazer stream, que é um canal aberto onde as pessoas assistem ela jogando ao vivo. Mesmo tendo convívio com os games desde os 14 anos e atuar profissionalmente há seis, Claudia admite que ainda ouve a pergunta “mas dá para viver disso?”. “As pessoas que me conhecem e que convivem comigo acabam achando muito bacana o que faço, mas sempre perguntam isso. Sim, dá para viver disso e não é fácil. Você tem que trabalhar igual a todo mundo, tem horários para cumprir e tem que cuidar com o que fala porque é como se você trabalhasse na televisão com um monte de adolescentes e jovens te vendo como um ícone dos games e tem os patrocinadores que querem resultados, então, não é fácil ”, diz.

Os jogos exigem muito equilíbrio, reflexo e estratégia. Por isso, ela tem que estudar tudo sobre o time que vai enfrentar e planejar o que pode fazer, ensinando o seu time – formado por cinco mulheres – as estratégias que colocarão em prática. “Isso não é de um dia para o outro e a maioria das vezes não é diversão não, e conviver com cinco mulheres pensando, falando, errando e acertando, tudo ao mesmo tempo. Acredite é tudo menos diversão”, brinca.

Nesses anos de caminhada, Santininha reforça que estão sendo rompidas barreiras como o preconceito e machismo que as atletas mulheres sofrem no mundo dos games. “Ser mulher no jogo é como ser mulher em qualquer situação. Existe preconceito e machismo e também uma desvalorização”, diz.

Recentemente, Santininha foi destaque na revista Veja em uma matéria sobre e-sports e em breve deve ir ao ar uma entrevista que deu a Marília Gabriela.

Claudia Santininha e Marília Gabriela_foto redes sociais

Entrevista gravada com Marília Gabriela deve ir ao ar em breve no GNT

 

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Publicação da Rede OCP de Comunicação