Se para a maioria dos estudantes a matemática é um desafio durante a vida acadêmica, para Gustavo Tironi, de 16 anos, os números são incentivo para revelar os mistérios da disciplina.
Recentemente, ele foi para Salvador buscar a medalha de ouro conquistada na 14ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP).
O resultado é fruto da prova realizada em 2018, enquanto Tironi cursava o nono ano do ensino fundamental na escola municipal Cristina Marcatto.
Agora, o adolescente está matriculado no primeiro ano do ensino médio integrado do Instituto Federal de Santa Catarina (Ifsc) , também em Jaraguá do Sul.
Tironi conta que o gosto pela matemática já existia, mas se intensificou no sexto ano, quando ele conquistou uma medalha de bronze na OBMEP. Nas duas séries seguintes, o estudante repetiu o feito e garantiu o bronze na prova nacional.
“A prova foi difícil, mas como eu estava me preparando para ela, sabia como resolver todas as questões. Isso foi fundamental”, comenta.
Para ele, a disciplina não tem segredos, é só prestar atenção nas aulas. “Não podemos olhar para os problemas e pensar que não vamos conseguir resolver. Parece complexo, mas é algo simples de fazer, não precisa ser gênio. Tem que entender como fazer”, enfatiza o estudante.
Inspiração para os colegas
As conquistas, segundo Tironi, inspiraram outros colegas da antiga escola a se dedicar pela matemática.
Além dos estudos em sala, o medalhista faz parte do Programa de Iniciação Científica (PIC), voltado a alunos premiados na OBMEP que desejam ampliar o conhecimento e se preparar para o futuro acadêmico e profissional, com base em questões matemáticas.
Os exercícios são feitos pela internet e orientados por mentores. “São assuntos que geralmente não aprendemos na escola”, observa Tironi.
Com orgulho, a mãe Letícia Regina Tironi garante sempre incentivou os estudos do filho e que, desde pequeno, o menino é dedicado. “É um interesse que ele tem mesmo. Quando era criança pegava e fazia conta nos dedos, pedia para nós fazermos cálculos mais difíceis”, relata.
Depois de gabaritar a prova seletiva do Ifsc e começar o ensino médio, Tironi agora considera fazer engenharia na faculdade. “Ainda estou em dúvida, talvez faça aeroespacial”, completa.
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