A história saiu do livro e ganhou, além da imaginação das crianças, um dos corredores da Escola Aluísio Carvalho de Oliveira, em Corupá. Inspirados na obra “O jardim de Gilio”, da autora corupaense Simone Riedmann - e depois de visitarem o local narrado na história - os pequenos estudantes resolveram aliar ecologia e descobertas ao criarem o próprio jardim. Devidamente decorado, até com a tradicional Branca de Neve e o sete anões - estátuas presentes em muitos jardins - e com diversas espécies de plantas, os alunos da turma 1 do Pré II, sob orientação da professora Katia Twardowski, utilizam o novo jardim como uma forma de aprendizado. A professora conta que a ideia surgiu após lerem o livro original de Corupá, que foi distribuído através do Projeto Livro Livre. Os alunos trocaram materiais recicláveis por publicações infantis que são utilizadas em diversas atividades nas escolas. A obra narra a vida do professor aposentado, Gilio Giacomozzi, o amor pelas plantas que cultiva desde a infância e o sonho de ter um jardim. Aliás, o jardim do aposentado – que é real - foi visitado pelos alunos e despertou ainda mais o interesse dos menores. “Elas deram ideias para fazermos um jardim na escola porque notaram que há poucas plantas aqui”, explica a professora. creche corupa - em segunda

Alunos da turma 1 do Pré II, acompanhados da professora Katia Twardowski, criaram o próprio jardim para estudar as plantas e a preservação da natureza

Com a ajuda dos pais dos estudantes, que doaram vasos e plantas, e direção da unidade, os pequenos deram vida ao “Jardim das descobertas”. O nome foi dado pelos próprios alunos que afirmam que, através do jardim, descobrirão novos tipos de plantas, como cuidar delas e de animais que vivem na natureza. “A partir desse projeto, as crianças tem o contato direto com a natureza e o jardim funcionará como uma espécie de laboratório de ciências porque irão aprender na prática os cuidados que devem ter com o meio ambiente”, enfatiza. O pequeno Jorge da Silva, de cinco anos, sabe bem as necessidades das plantas cultivadas na escola. “Agora temos nosso próprio jardim e estamos descobrindo bastante coisas, como alguns bichinhos que vivem nas plantas e as espécies”, conta. Já Heloísa Borchardt, também de cinco anos, não segura a empolgação e curiosidade em observar atentamente cada plantinha. “É muito legal plantar e agora a gente tem que cuidar para ficar sempre bonito”, diz. Para a professora, além do envolvimento com o universo literário e do incentivo à leitura - já que conseguiram entender na prática a história, a criação do jardim trabalha a ecologia. Apesar de ser um projeto desenvolvido através de um livro específico, o trabalho não tem prazo determinado para ser finalizado e está sendo melhorado - com o adição de mais vasos e outros enfeites.