Um estudo, divulgado na publicação científica International Journal of Surgery Case Reports, que relata casos cirúrgicos, trouxe o exemplo de uma fratura peniana bastante rara, que atingiu três pontos do órgão: dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso, com lesão uretral associada.

Em um caso assim, é necessária uma cirurgia imediata, que, se não for bem feita, pode levar a uma série de complicações, que vão desde a cicatriz peniana até a disfunção erétil.

Como acontece uma fratura peniana

A fratura do pênis é uma emergência urológica pouco comum, que é definida como ruptura da cartilagem peniana devido a trauma contuso no órgão ereto. Com o pênis flácido, a estrutura é mais espessa, mas diminui em quase 90% quando ele fica ereto. Sendo assim, durante uma relação sexual "mais intensa" pode ocorrer uma ruptura do pênis ereto.

O caso relatado na publicação é de um homem, de 36 anos, da Tanzânia, que deu entrada em um hospital se queixando de inchaço, dor e sangue na uretra. Ele estava com os sintomas há cinco horas.

Segundo o estudo, o paciente contou ter ouvido um ‘estalo’ durante a relação sexual com sua parceira. O som foi seguido por uma imediata perda de ereção, dor, sangue pela uretra e inchaço do pênis. Os sintomas levaram o homem a buscar um centro de saúde próximo, onde recebeu analgésicos e foi encaminhado para o hospital.

O estudo relata que ao dar entrada no hospital, o paciente apresentava um pouco de dor e inchaço no pênis, que estava um pouco torcido, além de sangue na região da uretra. Então, a equipe médica deu diagnóstico inicial de fratura peniana com lesão uretral associada.

Um exame de ultrassonografia mostrou um hematoma em corpos cavernosos dos dois lados do órgão, mais acentuadamente no lado esquerdo. Uma ressonância magnética revelou os três locais que estavam fraturados.

Cirurgia de emergência

Com o diagnóstico definido, o homem foi levado para cirurgia de emergência, que foi realizada por um urologista. A reparação dos corpos cavernosos foi feita, enquanto a uretra, que é um corpo esponjoso, passou por uma emenda cirúrgica com um tipo de sutura que é absorvida pelo organismo no decorrer do tempo.

A recuperação do paciente foi boa e ele recebeu alta hospitalar no terceiro dia depois da operação. Um cateter, que havia sido implantado na uretra, foi removido após 21 dias do procedimento cirúrgico.

Ele retornou à clínica seis meses depois e relatou aos médicos que havia retomado a sua vida sexual normalmente.