A greve geral contra a Reforma da Previdência convocada por lideranças sindicais em todo o Brasil afetou a rotina dos moradores da Grande Florianópolis desde as primeiras horas da manhã desta sexta-feira (14). Com a adesão dos motoristas e cobradores do transporte coletivo e também do sindicato de vans e micro-ônibus, boa parte da população – que não se integrou ao movimento -encontrou dificuldades para chegar ao trabalho.
No final da tarde desta quinta-feira (13) a Prefeitura de Florianópolis chegou a anunciar um esquema especial de transporte alternativo, com pontos de largada para o centro e preços definidos junto ao sindicato de transportadores de turismo da Capital.

Terminal Cidade de Florianólis, de onde saem e chegam os ônibus Executivos, ficou vazio | Foto Ewaldo Willerding/OCPNews
Porém, mais uma vez um impasse entre esta categoria e o Poder Executivo municipal complicou a vida dos moradores de Florianópolis. Os donos de vans e micro-ônibus reclamam a regulamentação de uma lei municipal que impeça com que ônibus de turismo de outras cidades circulem pela Capital e que esse serviço seja feito por vans e micros, a partir do transbordo num ponto na região central.
Como a lei não avança, os donos destes veículos decidiram não apoiar a prefeitura durante a greve geral, diminuindo a oferta de transporte para quem precisava chegar ao centro de Florianópolis. Com isso, a circulação de pessoas diminuiu e a sexta-feira ficou com jeito de feriado. Os terminais de ônibus ficaram vazios e as ruas lotadas de carros.
O efeito no comércio foi imediato. Lojas ficaram vazias em vários pontos da cidade e os prejuízos estão sendo contabilizados pela CDL da Capital.

Manifestantes atearam fogo em pneus na SC 401 | Foto PMRv/Divulgação
Barricadas em rodovias da Ilha
Na primeiras horas da manhã manifestantes atearam fogos em pneus em rodovidas estaduais que cruzam a Ilha de Santa Catarina. Por volta das 6h30min, a SC 401 ficou interditada na altura do km 15, mas a intervenção da Polícia Militar Rodoviária (PMRv) liberou a pista já por volta das 7h. Da mesma forma a SC 404, no Bairro Itacorubi, próximo à Udesc também ficou obstruida com pneus em chamas, mas também a atuação da PMRv permitiu o fluxo de veículos.
Houve registro também de tentativa de bloqueio na Avenida da Saudade, via municipal que liga a SC 401 à Beira Mar Norte e traz todo o movimento do Norte da Ilha para o centro. Também a atuação das autoridade de segurança permitiu a liberação da via.

População ficou com poucas opções de transportes | Foto Ewaldo Willerding/OCPNews
A Guarda Municipal de Florianópolis também se mobilizou desde as primeiras horas da manhã nas cabeceiras das pontes Pedro Ivo e Colombo Sales, passarela da Colombo Sales, na passarela na Av. Gustavo Richard e na passarela do terminal Rita Maria.
A GMF anuncia ainda que no final da tarde se concentrados nos pontos críticos, como no acesso ao Santa Mônica, no elevado do CIC, na Av. Gustavo Richard. O objetivo é dar fluidez na Beira Mar Norte, liberando semáforos para melhorar a mobilidade.

Polícia Militar Rodoviária tirou os pneus e liberou as rodovias na Capital | Foto PMRv/Divulgação
Manifestações programadas
Os sindicalistas que convocaram a greve geral contra a reforma da Previdência anunciam manifestações ao longo do dia no centro da Capital. Logo de manhã, às 8h, houve concentração ao lado do Ticen. No final da manhã estava programada uma caminhada pelo centro da Capital e às 16 horas um ato unificado mais uma vez ao lado do Ticen, em frente ao Mercado Público.
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