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Estudo vai levantar informações sobre a Febre Amarela em Joinville

Foto Arquivo OCP News

Por: Anna Carolina Vavassori

17/09/2019 - 15:09

Perguntas sobre a febre amarela e presença de macacos na região fazem parte do questionário que agentes de saúde e de combate a endemias estão aplicando nas regiões próximas às matas e áreas rurais de Joinville. A ação faz parte do Plano de Enfrentamento da Febre Amarela, da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina, e é realizada pela Secretaria da Saúde de Joinville.

Com duração de cerca de cinco minutos para o preenchimento do questionário, a Prefeitura de Joinville chama atenção para a “extrema importância” de atender os agentes para a prevenção à doença, caracterizada como uma doença infecciosa febril aguda. A partir das informações levantadas serão elaboradas ações para o enfrentamento à febre amarela.

“As informações passadas pelos moradores vão ajudar a Secretaria de Saúde no levantamento dos dados sobre possíveis epizootias e a detecção da circulação do vírus no município, além de buscar as pessoas que ainda não se vacinaram”, destacou Nicoli dos Anjos, coordenadora da Vigilância Ambiental.

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Entre as ações previstas, estão rodas de conversa nas comunidades onde pessoas não têm conhecimento adequado sobre a doença. Uma das maiores preocupações, segundo Nicoli, é a transmissão da doença na área urbana, devido à infestação do mosquito Aedes aegypti.

“Temos muitos vetores do Aedes aegypti, hoje já ultrapassou o número de 2 mil focos positivos. A partir do momento em que um Aedes aegypti picar uma pessoa que esteja com o vírus da febre amarela, ele pode começar a transmitir esse vírus para outras pessoas também”, explica a coordenadora da Vigilância Ambiental.

Outra preocupação, caso a doença seja contraída por humanos, é a alta taxa de letalidade da febre amarela. Dados de 2018 mostram que cerca de 40% das pessoas infectadas com o vírus morrem.

A aplicação do questionário acontece em um raio de 100 metros de áreas de mata e nas áreas rurais da cidade. As ações devem ser encerradas até o final de setembro. Nas casas em que não são encontrados moradores, os agentes deixam um bilhete para que entrem em contato com a unidade de saúde mais próxima, segundo a Prefeitura.

Febre amarela em Joinville

Neste ano, 13 macacos foram encontrados mortos em Joinville. Destes, três tiveram suas mortes confirmadas por febre amarela, no bairro Vila Nova e no distrito de Pirabeiraba. Em outros cinco casos, a causa das mortes dos macacos foi indeterminada.

Quatro macacos tiveram resultados negativos e um caso ainda aguarda o resultado, segundo a Prefeitura. Joinville registrou a morte de uma pessoa que contraiu a doença dentro do município, na região de Pirabeiraba, em março deste ano.

A Prefeitura informa que os moradores que identificarem macacos doentes ou mortos não devem tocá-lo. Nestes casos, devem comunicar imediatamente a Vigilância Ambiental, pelo telefone (47) 3432-2337, das 7h às 18h30, ou pelo telefone de plantão (47) 98911-0851.

Os macacos não devem ser capturados ou feridos, pois eles não são os responsáveis pela transmissão, e são também vítimas da doença. No meio urbano, o agente transmissor do vírus é o mosquito Aedes aegypti – o mesmo da dengue, zika vírus e chikungunya -, que contamina pessoas que não estão vacinadas.

A transmissão da febre amarela pelo Aedes aegypt não é registrada desde 1942.

Imunização

A vacinação contra a doença alcançou apenas 65,17% da meta de 473.262 pessoas, imunizando 308.446 pessoas. Segundo o Serviço de Imunização Joinville, faltam ainda 164.816 pessoas para o atingimento da meta.

A orientação da Secretaria da Saúde é de que as pessoas que ainda não se vacinaram contra a febre amarela busquem uma das 55 unidades básicas de saúde para a imunização. O público-alvo são pessoas de nove meses até 59 anos de idade.

 

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Anna Carolina Vavassori

Jornalista. Repórter de Joinville e região.