Estudo diz que Covid-19 pode aumentar o risco de impotência masculina

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Por: Elissandro Sutil

13/05/2021 - 08:05 - Atualizada em: 13/05/2021 - 08:40

Especialistas alertam que o coronavírus pode permanecer no pênis dos homens por seis meses após a infecção e aumentar o risco de impotência. Essa disfunção é conhecida como endotelial, condição em que o revestimento dos pequenos vasos sanguíneos não consegue realizar todas as suas funções normalmente. As informações são da Revista IstoÉ.

O vírus é conhecido por atacar principalmente os pulmões e rins. Mas segundo o estudo da Universidade de Miami, a disfunção endotelial que ocorre por causa do coronavírus pode entrar nas células endoteliais e afetar muitos órgãos, incluindo o pênis.

Os especialistas do Programa de Urologia Reprodutiva da Escola Miller da universidade analisaram o tecido de homens com histórico de Covid-19 e homens que não tinham o vírus. Eles descobriram que o vírus estava presente no tecido dos homens que haviam sido infectados e tinham evidências de disfunção endotelial – enquanto os homens que não haviam sido infectados, não.

O autor do estudo, Dr. Ranjith Ramasamy, disse que essas últimas descobertas consolidam o fato de que todos nós precisamos fazer o que estiver ao nosso alcance para prevenir a propagação do vírus.

Ele acrescentou que homens que desenvolvem infecção por Covid-19 devem estar cientes de que a disfunção erétil pode ser um efeito adverso do vírus e devem consultar um médico se desenvolverem sintomas.

Para os especialistas, este pode ser o primeiro passo para entender o impacto potencial do vírus na fertilidade masculina e se o Covid-19 pode ser transmitido sexualmente.

No ano passado, cientistas alertaram que houve um aumento no número de homens com disfunção erétil, mas afirmaram que isso pode ter ocorrido também devido ao estresse da pandemia.

Mais de um terço das pessoas que pegam Covid-19 não apresentam sintomas e podem ter o vírus sem saber. Isso significa que alguns homens podem ter disfunção erétil, que na verdade foi causada pelo vírus – e não pelo estresse que o cerca.