Estudantes de Florianópolis aprendem robótica com sucata

O primeiro robô desenvolvido pelos professores serve como simulador nas aulas | Foto PMF/Divulgação

Por: Ewaldo Willerding Neto

16/05/2019 - 07:05

Os estudantes do 6º ano da Escola Básica Municipal de Florianópolis Almirante Carvalhal, em Coqueiros, estão recebendo aulas de robótica no contraturno escolar. O projeto piloto, iniciado pelo professor de informática Noé Vicente Folster em parceria com o educador Luciano Kercher Greis, da Escola Municipal de Florianópolis José Amaro Cordeiro, no Morro das Pedras, tem como objetivo ensinar noções de programação e introdução à eletrônica para que as crianças criem um protótipo.

A atividade, que acontece há menos de um mês na unidade de Coqueiros, conta com três grupos de estudantes que estão fazendo um modelo de carrinho elétrico para uma competição interna na semana que vem. Os robôs deverão completar um circuito.

O projeto foi iniciado pelo professor Noé Vicente Folster em parceria com o educador Luciano Kercher Greis | Foto PMF/Divulgação

O Secretário da Educação Maurício Fernandes Pereira elogia a iniciativa dos professores e ressalta: “estamos lidando com estudantes que já nasceram na era digital, então é imprescindível que a educação se adeque às novas tecnologias para uma aprendizagem mais efetiva”.

Simulador simples

O primeiro robô desenvolvido pelos professores serve como simulador nas aulas. Segundo Noé, “esta parte é importante, pois os alunos começam a entender a programação e o resultado na prática”.

O professor Luciano afirma que os recursos utilizados foram bastante simples: “adquirimos 10 placas Arduino (plataforma de prototipagem) no mercado, e fabriquei um robô educacional alterando o projeto que encontrei na internet”.

As aulas auxiliam no desenvolvimento de áreas do conhecimento como criatividade e raciocínio lógico | Foto PMF/Divulgação

Projeto piloto

O professor Luciano Kercher Greis, da Escola José Amaro Cordeiro, está estudando sobre o tema em seu Doutorado. Foi então que surgiu a ideia de aplicar as aulas de robótica no contraturno. Juntos, os dois compraram sucatas que poderiam servir para o desenvolvimento dos protótipos e Noé ficou encarregado de fazer as atividades com os estudantes na Escola Almirante Carvalhal.

A próxima unidade a receber as aulas deve ser a Escola José Amaro Cordeiro, onde Luciano leciona na Sala Informatizada. Futuramente, oficinas devem ser estendidas a partir de turmas de quartos e quintos anos.

oficinas devem ser estendidas a partir de turmas de quartos e quintos anos | Foto PMF/Divulgação

Luciano explica que as aulas auxiliam no desenvolvimento de áreas do conhecimento como criatividade, raciocínio lógico e também no trabalho colaborativo.

“O que buscamos com a robótica é explorar outras possibilidades que a Sala Informatizada pode oferecer. Criar um ambiente de aprendizagem diferenciado, que proporcione ao estudante praticar outras habilidades”, ressalta o professor.

 

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