Por Milena Natali
“E tem piriri, tem lombriga, tem ameba. Só a bailarina que não tem…” Muitas meninas já sonharam em usar uma saia de tule ao som do ballet clássico. Na tarde de domingo (3), o palco do Grande Teatro da Scar foi iluminado pelo Studio Ornellas, com a apresentação infantil
Com uma abertura lúdica, a narração das professoras encantou a plateia, levando a uma verdadeira experiência mágica. O público entusiasmado, sentiu-se em um podcast. “Boa tarde a todos, é o primeiro ano em que não estaremos no palco, mas viemos em peso. Apresentamos a vocês, a nova geração do Ornellas.” disse a proprietária do Studio, Elisse Ornellas.
As performances, intituladas como “Reverencia a Vida” e “Recipiente de Contrários”, tem a participação de 120 crianças, com idades entre 4 e 12 anos. Com a temática elementos da natureza, encenaram um verdadeiro folclore brasileiro.
A trilha sonora escolhida a dedo pelas profissionais encantou a quem assistia, “Bad Romance” de Lady Gaga marcou a noite. A escolha de músicas contemporâneas adicionou um toque moderno ao espetáculo, conectando-se com todas as idades.
Os pequenos artistas demonstraram que não foi apenas um show de habilidades, mas uma jornada mágica que transportou os que ali estavam, para o mundo dos contos de fadas, onde a dança era a linguagem universal. A energia vibrante e o entusiasmo das crianças no palco foram contagiantes.
“O Caos”
Luzes vermelhas, choros e gritos, assim começou o espetáculo adulto, na noite de domingo (3). “O Caos”, de fato, fez jus ao nome, estabelecendo um tom dramático. A coreografia retrata uma briga silenciosa entre os personagens, abordando temas como ansiedade, traição, ego e dependência emocional. Gerando uma montanha-russa de emoções na plateia.
Ao longo da apresentação, que se estendeu por aproximadamente uma hora, a coreografia oscilou o ritmo, alternando entre momentos de serenidade e angústia. Os 25 bailarinos mergulharam profundamente nos movimentos, exibindo cambalhotas, piruetas e saltos complexos.
A narrativa se deslocou para uma sequência musical única, onde o violoncelo, o violino e o teclado estabeleceram a trilha sonora. Um solo vocal intensifica a experiência, com a artista entoando palavras como “quantas guerras vou ter que vencer por um pouco de paz”. Os bailarinos observam, transmitindo as expressões cruas e dolorosas.
Com uma manifestação artística, a plateia levantou-se para aplaudir o trabalho dos envolvidos. Em meio à beleza e elegância da dança, o Studio Ornellas reiterou mais uma vez seu papel em ser um palco de talentos, nutrindo a paixão pela arte e encantando a todos com apresentações que ultrapassam as expectativas.