Equipamento produzido diminui consumo de combustível

Mecânico Carlos Getelina mostra o equipamento artesanal que pesquisou e testou até passar a oferecer aos clientes - Foto: Eduardo Montecino/OCP Online

Por: OCP News Jaraguá do Sul

30/06/2016 - 04:06

Pense em um aparelho que se utiliza de hidrogênio e água alcalina, acoplado a um veículo, capaz de resultar na economia de, em média, 25% por litro de combustível. O mecânico Carlos Alexandre Getelina, 40 anos, garante que essa fórmula existe desde 1975, patenteada como patrimônio da humanidade através da parceria entre um argentino e um brasileiro, mas não há conhecimento de que o gerador de hidrogênio por eletrólise veicular tenha exploração comercial no país.

Com vasta experiência na área, Carlos é o primeiro mecânico jaraguaense que aceitou o desafio de testar e desenvolver essa técnica para criar o equipamento artesanalmente. Começou em 2003, testando no próprio Chevette 1983, para depois passar a oferecer o serviço de instalação para os clientes da oficina.

Passados 13 anos e sem alarde, ele já produziu o equipamento para sete clientes e se diz preparado para aceitar novas encomendas. A inserção do equipamento, ao lado do motor, tem custo variável entre R$ 1,2 mil a R$ 2,3 mil, dependendo do veículo.

Foram muitas pesquisas, até descobrir que o sistema já existia. Depois de muitas tentativas para dominar a técnica, o sucesso foi atestado na prática. “Fiz um gerador branco de hidrogênio, auxiliar, para economizar a gasolina. Dependendo do veículo, é possível economizar de 15% a 25% por litro, mas teve cliente que fez 44% de economia por litro”, afirma.

Já no Chevette, Getelina garante que dobrou a eficiência. “Faço 22 quilômetros com um litro de gasolina. Antes, fazia uma média de 11 quilômetros por litro”, assegura. E como isso é possível? “Com 2 litros de água alcalina e pela força da eletricidade, se quebra as moléculas da água, produzindo o hidrogênio e o oxigênio”,

Outra vantagem, ressalta Carlos, é que com a mistura do hidrogênio com o oxigênio, “a queima sai mais limpa e polui menos, porque diminui os metais pesados do ar”. Apesar perder um pouco em potência, ele garante que não compromete a eficiência, nem a durabilidade do motor.

Getelina, que também é instrutor de cursos de injeção eletrônica, lembra que a vontade de mexer com fontes diferenciadas de energia surgiu aos 18 anos, após assistir uma reportagem sobre um veículo movido a água, do programa Fantástico, na emissora Globo.