Por Kamila Schneider
A empresa jaraguaense Patrimono foi um dos destaques do principal prêmio brasileiro do setor de investimentos, o Brazil Advisor Awards 2017. Superando mais de 600 concorrentes, o escritório trouxe para casa o prêmio de melhor assessor/assessoria do país, conquista inédita para a empresa, que atua há nove anos no mercado financeiro. O prêmio é oferecido pela XP Investimentos e visa reconhecer profissionais e empresas parcerias com atuação de destaque no segmento.
O reconhecimento foi entregue no último fim de semana, durante o Expert 2017, o maior evento de investimentos da América Latina que acontece anualmente em São Paulo. O prêmio foi recebido pelo representante e sócio-proprietário da empresa, Luís Pauli, que considerou a conquista uma vitória, tendo em vista que a premiação reforça o potencial de mercado das empresas instaladas em Jaraguá do Sul e região.
“Nos enche de orgulho, especialmente porque mostra que empresas fora do eixo Rio/São Paulo também podem oferecer serviços com excelência no setor de investimentos. É sinal de que estamos no caminho certo”, avalia o empresário. Com três filiais e uma equipe de 20 profissionais, a empresa detém hoje uma cartela de cerca de dois mil clientes, sendo que aproximadamente dois terços destes números são empresas da região. Juntos, estes empreendimentos movimentam mais de R$ 800 milhões em investimentos anualmente.
“Normalmente há uma desconfiança muito grande do investidor em relação ao gerente de banco, então o assessor de investimentos procura humanizar as finanças de forma a deixá-las com foco 100% no cliente e não em alguma meta da instituição financeira”, explica Pauli. Segundo o especialista, o principal trabalho do assessor é tornar acessíveis informações e opções atrativas de investimentos, desmistificando a ideia de que só grandes empresas podem fazer parte deste universo.
Cenário político irá definir rumos da economia, diz especialista
No que diz respeito aos rumos da economia brasileira, Pauli é categórico em dizer que o Brasil vive um período decisivo e que o cenário político será fundamental para o bom direcionamento do mercado no próximo ano. “Na minha avaliação, precisamos seguir adiante com as reformas, principalmente a trabalhista e a da Previdência, pois estes são vistos pelo mercado como pontos chaves para que possamos retomar o crescimento, aumentando o empresa e mantendo a trajetória de queda na inflação”, analisa ele.
Segundo Pauli, o país discute as reformas desde a década de 90, mas a demora em apresentar propostas mais concretas levou a um cenário de números extremamente desfavoráveis, especialmente na Previdência. “Por isso é preciso urgência em medidas eficazes para que a economia volte a andar e as empresas possam respirar, promovendo crescimento”, pontua o especialista em investimentos.
Ainda assim, do ponto de vista do setor financeiro Pauli afirma que não há riscos para quem deseja investir no Brasil. “Por incrível que pareça, o setor financeiro ainda é muito sólido e as instituições financeiras estão muito blindadas no país. Se tem uma coisa que funciona bem aqui, além da Receita Federal, é o mercado financeiro”, afirma.
A principal recomendação para quem deseja investir é optar pelas aplicações seguradas pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), como LCI (Letra de Crédito Imobiliário), LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), CDB (Certificado de Depósito Bancário). “Este fundo dá a garantia de que o investidor terá garantia de até R$ 250 mil em caso de problemas na instituição financeira. Por isso, a recomendação para empresas e pessoas que querem investir quantias altas é sempre distribuir o valor em várias instituições”, recomenda Pauli. A poupança também é uma das aplicações cobertas pelo FGC, mas, apesar de ser a preferida de 80% da população, é também a menos rentável.
“Hoje a poupança já não rende menos do que a inflação, como em anos anteriores, mas com um em 6% e a inflação próxima de 5%, o juro real é de apenas 1%. Não consideramos este um cenário favorável. Encontramos no mercado financeiro produtos com risco tão baixo quanto da poupança, mas com taxas muito maiores – é o caro do LCI ou LCA, que são isentos de imposto de renda para pessoas física, mas pagam próximo da taxa básica de juros, a Selic, em torno de 10% ao ano”, salienta o especialista.