Empadas Jerke: um patrimônio cultural secular

Artigo de Rodrigo Coelho, deputado federal (Podemos)

Joinville tem suas tradições e particularidades. E as famosas Empadas Jerke estão entre elas, sendo praticamente um patrimônio cultural da cidade. Há um século as delícias feitas de massa folhada, de diferentes sabores, encantam o paladar dos joinvilenses e daqueles que visitam nossa cidade. E se as paredes daquele comércio, ali na rua João Colin, falassem, quanta história, quanta curiosidade poderiam contar.

Eu mesmo, já ouvi tantos fatos enquanto estive sentado à uma daquelas mesas. Sim, porque foi e é ali que muito se constrói do dia a dia da nossa Joinville. Artistas de renome nacional, grandes nomes da política brasileira já passaram por ali. Prefeitos foram “construídos” a partir de conversas naquele local.

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E tudo isso só foi possível porque, em 1922, pela ousadia de um ex-tecelão e ajudante de confeiteiro, o Seu Guilherme Jerke, as famosas empadinhas começaram a ser produzidas. E poucos anos depois, elas já eram comercializadas no mesmo imóvel que hoje são, ali bem no Centro da cidade. O sabor mais pedido é o especial, de palmito, camarão e azeitona. É o meu preferido também.

Mas quero destacar que o segredo do sucesso não está só na receita, no modo de preparo e no carinho com que tudo é produzido, mas na qualidade do atendimento e no espírito empreendedor da família Jerke. Santa Catarina traz consigo esse DNA do empreendedorismo, da luta, do trabalho. Seu Guilherme Jerke veio para Joinville ainda novo, trabalhou muito e lutou para dar sustento a sua família. Começou vendendo as empadinhas de bicicleta.

Hoje, o negócio é administrado pela D. Néia e pela terceira geração, os netos de seu Gilherme, Paulo Roberto e Carlos Eduardo Jerke. E manter a produção toda manual, levando mais de 24 horas para as empadas ficarem prontas, é o diferencial do sabor e da qualidade do produto. E o que fica de exemplo para todos nós é a dedicação e união da família, sempre carregando junto a força de vontade e o empreendedorismo. Sucesso e que venham mais 100 anos.