A ponte localizada na rua José Vicenzi, no bairro Santo Antônio, em Jaraguá do Sul, há meses é motivo de dor de cabeça para os moradores que transitam pelo local. As cabeceiras estão desbarrancando nas quatro pontas da estrutura de concreto, uma situação que pirou em função das chuvas ocorridas a partir da quinta-feira passada.
O asfalto da pista está desfeito, a brita foi levada pela chuva e os buracos na pista causam riscos à segurança de motoristas, motociclistas, ciclistas e para quem passa a pé pelo local. Com as laterais sem guarda-corpos, há apenas fitas de interdição. Por estar próxima à área escolar, a preocupação aumenta ainda mais, já que não há nenhum tipo de proteção.
O secretário municipal de Obras e Serviços Públicos, Onésimo José Sell, garante que a intenção da Prefeitura é concluir os trabalhos de recuperação da ponte em no máximo 30 dias.
A situação, recorrente, mostrada em reportagens anteriores do OCP, em maio e junho deste ano, foi trazida novamente à tona pela moradora Sirlene Schner da Silva. Ela lembra que a ponte ficou interditada por 115 dias para a reconstrução das cabeceiras. Nesse período, as pessoas tiveram de desviar o trajeto e utilizar as vias do entorno, fato que também causou prejuízos aos comerciantes de parte da rua, por impedir o acesso de clientes dos arredores.
Segundo Sirlene, foi a pressão popular que levou a Prefeitura a reabrir a ponta para o trânsito, com a promessa de resolver o impasse. “De tanto que reclamaram, liberaram a ponte no dia 10 de setembro. Passaram mais de 20 dias e não apareceram mais por aqui”, reclama ela, que reside há cinco anos na rua, a poucos metros da ponte. “Tenho um filho de 14 anos que estuda na Escola Francisco Solamon. É um perigo quando os estudantes saem da escola, pelas 17h. Aqui passa ônibus e caminhão”, reforça. “Muitos passam de noite, em alta velocidade, e já vi carro e motocicleta derraparem”, constata.
“Não pode mais ficar assim”, opina ciclista
O tintureiro Osmar Pechibilski, 45 anos, vive há 20 anos na rua Hilda Fridel Lafin, uma lateral da via principal, e também mostra-se inconformado. “Esta situação está demorando muito. Antes tinha guarda-corpo, corredor e agora está desse jeito. Não pode ficar assim, tem que terminar essa obra”, defende ele, que ontem pela manhã pilotava a bicicleta. “Para quem passa ligeiro, é um perigo. Aqui é o caminho das crianças”, reforça ele.
A atendente de panificadora Nadir Sydorak, 48 anos, conta que vive próxima à igreja e confirma os prejuízos causados ao comércio local. “Começaram a obra e não terminaram, ficou pela metade. Estragou bastante o nosso movimento. Muitos do outro lado da ponte não puderam comprar aqui quando a ponte esta interditada”, referenda a funcionária.
Término da obra depende da planilha de trabalhos
O secretário municipal de Obras e e Serviços Públicos, Onésimo Sell, garante que as cabeceiras da ponte já foram recuperadas pela equipe, com colocação, aterramento do concreto e colocação da laje. Ele reconhece que ainda falta a recolocação das passarelas, mas argumenta que depende da planilha de trabalhos da equipe para terminar o serviço. “É normal atrasar quando não se consegue concluir. Os buracos na ponte, é como numa estrada de chão. O problema é que o pessoal corre muito ali”, opina.

Ponte em questão é trajeto de ônibus e caminhões | Foto Eduardo Montecino/OCP
O secretário rebate as críticas de que há mais de 20 dias não passou ninguém lá para conferir o estado da ponte. “Nosso fiscal faz ronda diária e semanal. Não vejo problema nenhum. Nossa Secretaria está organizada e verificamos o que tem que reparar”, afirma. A prioridade, segundo ele, é recuperar o asfalto.
Onésimo pontua que a obra de recuperação não estava prevista no orçamento e que ainda não tem uma estimativa do custo total. “Temos uma equipe de 10 pessoas. Tenho pessoal trabalhando no Manso, na Barra do Rio Molha e no fechamento da solda. A vontade é recuperar de imediato, mas surgem imprevistos”, finaliza.
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*Reportagem de Sônia Pillon