EJA é implantado na sede da Aflodef em Florianópolis

A Prefeitura de Florianópolis implantou um polo da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJA) na sede da Associação Florianopolitana de Deficientes Físicos (Aflodef). Por intermédio da Secretaria Municipal de Educação, o objetivo é que filiados ou não da entidade possam se alfabetizar e concluir o ensino fundamental.

As aulas ocorrerão sempre na terça e quinta-feira, das 13h30 às 16h30, na sede da Aflodef, situada à Rua Rui Barbosa, 708, Agronômica.

Dos 10 estudantes iniciais, com idade que variam de 21 a 62 anos,nove utilizam cadeira de rodas ou muletas. Há um matriculado sem deficiência, uma vez que a ideia é permitir que o máximo de pessoas usufruam do mundo das letras. A inauguração do polo ocorreu nesta quinta-feira.

Os interessados em ingressarem na turma podem ligar para a Secretaria de Educação, nos telefones 3212-0925, 3251-6102, ou para Aflodef, 3228-3232.

Com esse grupo, o número de estudantes da EJA este ano já chega a 1.400 em suas mais diversas localidades.

Dos 10 estudantes iniciais, nove utilizam cadeira de rodas ou muletas | Foto PMF/Divulgação

José Roberto Leal, o Zezinho, presidente da Aflodef, destaca que a EJA não só proporcionará a oportunidade de pessoas com deficiência estudarem e conquistarem a formação na educação fundamental. Mas vai além. Irá inseri-las no mercado de trabalho. “Estamos sendo olhados com muito respeito pelo poder público”, acrescenta. “Nossos estudantes vão mostrar para a sociedade que somos capazes   e inteligentes”.

Algo de bom e de novo

Seu Luiz Carlos dos Santos tem 62 anos. Seu sonho é aprender a ler e escrever. Filho de militar passou a infância toda sendo transferido de escola. Aos nove anos de idade parou de estudar, por isso nunca conseguiu se alfabetizar.

Luiz conta que está animado e preparado de corpo e alma para o curso na EJA. E que após a formação deseja tentar uma vaga no mercado de trabalho.

Rosa Maria Madalena, aos 49 anos, só sabe assinar o nome. Quer iniciar uma nova etapa na vida.  Tem vontade de ler livros, principalmente a bíblia. “Mas não sei ler, ainda. Com a EJA, algo de bom e de novo vai se passar comigo”, diz. “Estou curiosa e ansiosa para iniciar o curso”, complementa.

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