Não é à toa que, há alguns anos, o movimento para tornar dezembro um mês de prevenção ao câncer de pele ganhou força e forma.
O câncer mais frequente do país corresponde a cerca de 30% de todos os diagnósticos da doença no Brasil e registra aproximadamente 180 mil novos casos por ano, segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer).
Assim, com uma incidência tão alta e uma prevenção que não acompanha o crescimento da doença, a Sociedade Brasileira de Dermatologia iniciou o movimento. Batizado de “Dezembro Laranja”, o mês tem como foco a prevenção ao câncer de pele.
Segundo estimativa do Inca, devem ser registrados, entre este ano e 2019, mais de 165,5 mil novos casos do tipo mais comum da doença, o câncer de pele não melanoma que, apesar da baixa letalidade, tem números muito altos.
Em 2013, apontam dados do Instituto, foram registradas 1.769 mortes provocadas pela doença.
Em Jaraguá do Sul, a Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, trabalha na divulgação da campanha, focando especialmente na orientação às pessoas com relação aos cuidados com o sol, prevenindo assim o câncer de pele.
Neste ano, assim como já aconteceu em 2017, o tema da campanha é “Se exponha, mas não se queime”.
Em Jaraguá do Sul, os últimos dados oficiais divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde são de 2017, tendo como base o ano de 2016. Naquele ano, foram registradas três mortes e 112 internações por “neoplasias malignas da pele”.
Incidência alta
Para o médico dermatologista da Secretaria da Saúde e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Júlio César Jahnke, é fundamental chamar a atenção para os cuidados com o sol, especialmente com a proximidade do verão.
Pelo quinto ano consecutivo, a campanha tem como objetivo enfatizar a prevenção, lembra Jahnke, que destaca ainda que a incidência de casos de câncer de pele é bastante alta na região de Jaraguá do Sul, devido à descendência germânica e italiana.
“É muito comum ver diagnósticos aqui, pela influência italiana e alemã e pelo trabalho nas lavouras que, em muitos casos, é realizado sem a proteção da pele ao sol”, diz.
O dermatologista ressalta ainda que o câncer de pele é lento e silencioso, manifestando-se, na maioria dos casos, após os 40 anos de idade.
Além disso, Jahnke destaca a importância de procurar um médico em caso de dúvida. “É necessário prestar a atenção nas lesões e nas pintas que podem mudar suas características e, na dúvida, procurar auxílio médico. É sempre o melhor a ser feito”, enfatiza.
Jahnke destaca que a melhor maneira de prevenir é cuidar da pele, para que não seja necessário chegar ao ponto de ter que tratar a doença e sim, evitá-la.
“É fundamental prestar atenção à sua pele, mas ainda mais importante estar atento ao sol, valorizar a sombra e nunca dispensar o uso do filtro solar”, finaliza.
Características de risco
- Caso de câncer de pele na família;
- Pele muito clara que sempre fica vermelha e nunca bronzeada;
- Cabelos claros;
- Olhos claros;
- Alto número de pintas pelo corpo;
- Ocorrência de queimaduras de sol;
- Sardas no rosto e ombros;
- Sol sem proteção;
- Possuir pintas que estão mudando de cor;
- Possuir “ferida” que não cicatriza;
- Idosos.
Prevenção
O câncer de pele pode ser prevenido evitando a exposição ao sol no horário entre 10h e 16h, período em que os raios são mais intensos e o maior fator de risco para o surgimento do melanoma é a sensibilidade ao sol – queimadura pelo sol.
A utilização de proteção com chapéu, guarda-sol, óculos escuros e filtros solares são fundamentais.
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