Desfecho de negociações entre Sintrasem e Prefeitura de Florianópolis deve ficar para quarta-feira

A mesa de negociações entre o Sintrasem e a Prefeitura de Florianópolis que começou na última quinta-feira (26) e teve mais uma rodada na manhã desta segunda-feira (30), ainda não chegou a um resultado final. O desfecho deve ser conhecido após mais uma reunião agendada para a próxima quarta-feira (2) – mesmo dia em que ocorrerá nova assembleia com os trabalhadores.

A greve dos servidores municipais completa 19 dias nesta segunda. O diretor administrativo do Sintrasem, Bruno Ziliotto, disse que a mesa de negociações tem sido “árida e fechada”, mas que há expectativa para que o cenário mude.

A aprovação da lei Creche e Saúde Já que permite a terceirização do serviço público por meio de Organizações Sociais está no centro da pauta de reivindicações da data base 2018.

“A lei foi aprovada de forma extremamente autoritária e corrida, não houve nenhuma abertura de diálogo com a sociedade. É um assunto que mexe profundamente com a estrutura pública, mas (a Prefeitura) não ouviu nem os conselhos municipais (de saúde e educação)”, argumentou Ziliotto.

Questões que envolvem previdência, condições de trabalho, reposição de direitos, readequação de cargos e correção de desvios de função também estão entre as 35 cláusulas debatidas nas reuniões.

A Prefeitura divulgou por meio da assessoria de imprensa que a proposta do Executivo deve ser fechada até quarta-feira, antes da assembleia dos servidores. Segundo o chefe de gabinete do prefeito Gean Loureiro, Bruno Oliveira, a equipe jurídica estuda a possibilidade de “rescindir os contratos” com os profissionais contratados em caráter temporário, os chamados ACTs, que estão em greve.

“O contrato não está sendo respeitado, então, teríamos o direito de rescindir. Quanto aos efetivos, completando 30 dias de greve ilegal, pode configurar abandono de emprego. Mas é uma alternativa, esperamos resolver no diálogo”, declarou Oliveira.

O diretor do Sintrasem, por sua vez, avalia a manifestação do Executivo como “ameaça” e defende a legalidade do movimento, pois garante que os serviços essenciais estão sendo mantidos.

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