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Desembargadores negam desbloqueio das contas da campanha AME Jonatas

Por: Windson Prado

20/02/2018 - 13:02 - Atualizada em: 21/02/2018 - 20:15

A família Openkoski teve mais uma derrota na Justiça, no caso relacionado a campanha AME Jonatas. Nesta terça-feira (20), o Tribunal de Justiça de Santa Catarina negou o mandado de segurança, no qual os pais do pequeno Jonatas, Renato e Aline Openkoski, questionavam o bloqueio das contas da campanha e pediam autonomia para gerenciar os recursos arrecadados, sem a necessidade de prestação de contas. O recurso foi negado por unanimidade pelos desembargadores Fernando Carioni (relator), Maria do Roccio e Marcus Túlio Sartorato, que entendem que o recurso arrecadado pertence ao Jonatas e não aos pais.

Leia mais: Terça-feira será dia decisivo para o caso AME Jonatas

Com isso, segue valendo a decisão do juiz da 4ª Vara da infância e da Juventude, do Fórum de Joinville, Márcio Renê da Rocha, que determinou o bloqueio do dinheiro da campanha, a pedido da promotora do MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), Aline Boschi Moreira. Dos mais de R$ 4 milhões arrecadados, cerca de R$ 2,2 milhões que ainda estava em contas do casal seguem retidos pela Justiça. Os pais do menino só podem utilizar o dinheiro mediante a comprovação dos gastos em prol do tratamento de Jonatas. A família ainda pode recorrer da decisão em outras instâncias.

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Investigação de apropriação indébita

A Polícia Civil de Joinville segue investigando as suspeitas de apropriação indébitas dos recursos doados à campanha AME Jonatas. O caso começou a polemizar depois que as pessoas que doaram à campanha começaram a desconfiar que o os pais do menino supostamente estariam utilizando os recursos em benefícios próprios, comprando celulares de última geração, carro importado e viajando.

O Ministério Público entrou no caso, e junto a Justiça, pediu que o casal fizesse a transferência do dinheiro arrecadado na campanha para uma conta judicial, e que prestassem contas de como os recursos eram gastos. Em outubro do ano passado, Renato e Aline Openkoski aceitaram a decisão junto ao juiz da Vara da Infância e Juventude de Joinville, mas não teriam cumprido o acordado. Por isso, o magistrado pediu o bloqueio dos recursos no começo do ano.

Nesta terça-feira (20), o Jornal de Joinville tentou novo contato com os investigados, mas eles não foram encontrados. O caso segue em segredo de Justiça.

Em poucos meses campanha ganhou força, em todo País | Imagem Reprodução

Doença, campanha e tratamento

  • Jonatas foi diagnosticado logo após nascer com AME (Atrofia Muscular Espinhal). A doença que causa afeta o sistema neurológico e muscular, não tem cura;
  • Um tratamento, a base de medicamento importado pode dar mais qualidade de vida aos portadores de AME, e reduzir o avanço da enfermidade;
  • O remédio chama-se Spinraza e custa R$350 mil cada dose. O menino deve utilizar a medicação periodicamente pelo resto da vida;
  • Sem dinheiro para comprar o medicamento, a família de Jonatas lançou a campanha AME Jonatas. Em pouco mais de três meses, mais de R$ 3 milhões foram arrecadados. Dinheiro necessário para o início do tratamento e a compra de seis primeiras doses da medicação importada;
  • Em janeiro, o menino começou a receber a medicação. Até esta terça-feira (20), três doses do Spinraza já foram aplicadas no Jonatas. A quarta aplicação deve ser feita no início de março;
  • Depois disso, Jon deve fazer um tratamento constante, com aplicações de quatro em quatro meses.

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Windson Prado

Repórter e editor das notícias de Joinville.