Defesa Civil estima que obra na SC-108 custe aproximadamente R$ 3,5 milhões

Rodovia está interditada há mais de um mês | Foto Eduardo Montecino/OCP News

Por: Elissandro Sutil

27/03/2019 - 05:03

Os esforços para viabilizar a resolução dos problemas causados pelas chuvas e deslizamentos que atingiram Guaramirim seguem a todo vapor.

Nesta terça-feira (26), um dia após a audiência pública realizada no município para tratar do tema, o secretário estadual de Defesa Civil, João Batista Cordeiro Júnior, esteve em Brasília para tratar diretamente na esfera federal sobre o assunto.

 

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A Defesa Civil do Estado elaborou um plano de trabalho de contenção para a rodovia SC-108, que segue interditada desde a madrugada do dia 18 de fevereiro.

Neste plano de trabalho, está prevista a implantação da técnica americana “crib-wall”, presente em muitas obras pelo país. Com ela, são utilizadas estruturas modulares que se encaixam e se sobrepõem, com o espaço interno sendo preenchido com material granular graúdo resistente.

Exemplo de como funcionaria a obra | Foto Divulgação

Mas, apesar de já ter essa opção, não há indicação de início de obras, isso porque ainda não existe liberação de recurso garantido para tal.

“Estamos tentando de duas maneiras resolver essa situação, através da Secretaria de Infraestrutura, que está fazendo uma licitação para projeto, e nós estamos tentando viabilizar recurso por meio da Secretaria de Desenvolvimento Regional. A Defesa Civil fez um plano de trabalho para contenção do talude superior, onde existe possibilidade de desmoronamento, da pista e do talude inferior, que desmoronou”, explica.

O valor estimado é de R$ 3,5 milhões e, para que exista a possibilidade de conseguir esse valor pela União, é fundamental que o estado de emergência do município seja reconhecido, o que deve ocorrer nesta semana, afirma o secretário.

Cordeiro destaca ainda que esse projeto apresentado em Guaramirim pode sofrer alterações.

Menos burocracia e mais agilidade

O secretário da Defesa Civil diz que a intenção é realizar a “contratação em regime diferenciado”, ou seja, por meio do estado de emergência, fazer a obra de maneira emergencial, o que agiliza o processo. “Na verdade a burocracia é menor, o processo existe, mas é mais rápido”, fala.

Para o prefeito Luís Antônio Chiodini, caso as obras sejam realizadas nestes moldes, pode haver uma economia de tempo de até três meses.

“Para mim é uma caixinha de surpresa, mas torcemos por um bom resultado e estamos em contato com o secretário de estado para que possamos ter boas notícias”, ressalta.

Embora não garanta uma data para que as obras estejam concluídas, o secretário de estado estima que após a contratação da empresa que irá realizar os trabalhos, em três meses a rodovia esteja liberada.

Outro aspecto da obra destacado por Cordeiro é o trabalho de reabilitação do local, que prevê a retirada de entulhos e limpeza da área.

Ele afirma que uma nova avaliação deve ser realizada para determinar a necessidade de manter os materiais intactos, uma vez que, em um primeiro momento, essa era a determinação por conta do risco de movimentação do solo.

 

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