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Cuidados básicos de higiene e convívio podem prevenir contaminação por coronavírus

Foto: Dielin da Silva/OCP News

Por: Elissandro Sutil

18/03/2020 - 05:03 - Atualizada em: 18/03/2020 - 13:20

Após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar pandemia por Coronavírus, o Brasil está tomando medidas de prevenção no intuito de evitar a proliferação do COVID-19, que já registrou milhares mortes no mundo.

No país, até agora são 234 casos confirmados, divulgados pelo Ministério da Saúde, com uma morte registrada no estado de São Paulo.

De acordo com o Ministério da Saúde, com base na evolução dos casos no Brasil, até o momento, estima-se que, sem a adoção das medidas de prevenção, o número de casos da doença dobre a cada três dias.

Atitudes diárias como lavar as mãos com frequência e evitar aglomerações reduzem o contágio que é considerado alto comparando a outros coronavírus do passado.

Foto Divulgação

Desde o dia 13 de março o Ministério da Saúde tem incentivado todos os estados brasileiros a tomar medidas que incluem prevenção individual como a etiqueta respiratória, isolamento domiciliar ou hospitalar de pessoas com sintomas da doença por até 14 dias, além da recomendação para que pacientes com casos leves procurem os postos de saúde.

Quando procurar atendimento médico

A gerente da Vigilância Epidemiológica de Jaraguá do Sul, Fabiane da Silva, ressalta que nesse período do ano as doenças respiratórias começam ser mais frequentes, as gripes principalmente.

Portanto, a principal orientação é de que ao apresentar sintomas de gripe o cidadão deve primeiramente tentar controlar os sintomas antes de procurar uma unidade básica de saúde ou o hospital.

“Precisamos priorizar os atendimentos nas unidades de saúde para quem mais precisa, o ideal é que só se procure uma unidade de saúde ao apresentar febre com temperatura acima de 37.8 ºC junto com sintomas gripais. E somente ir ao hospital se apresentar dificuldade para respirar, além de febre alta e sintomas gripais”, explica Fabiane.

Outra orientação importante é evitar ao máximo os deslocamentos e locais com aglomero.

“Na medida que se pode evitar exposição, esperamos que ela seja feita para combater a proliferação do vírus”, finalizou a gerente.

Medidas de prevenção do Coronavírus (COVID-19)

  • Cobrir a boca com o antebraço ou lenço descartável ao tossir e espirrar
  • Lavar bem as mãos (dedos, unhas, punho, palma e dorso) com água e sabão, e de preferência, utilizar toalhas de papel para secá-las
  • O uso de álcool gel também é recomendado, porém, lavar as mãos com água e sabão é ainda mais eficiente
  • Manter os ambientes ventilados
  • Para a limpeza doméstica, se recomenda a utilização dos produtos usuais, dando preferência para o uso da água sanitária (em uma solução de uma parte de água sanitária para 9 partes de água) para desinfetar superfícies
  • Utilizar lenço descartável para higiene nasal
  • Evitar tocar olhos, nariz e boca sem que as mãos estejam limpas
  • Desinfetar com álcool gel objetos e superfícies tocados com frequência, como celulares, brinquedos, maçanetas, corrimão, etc.
  • Mudar a forma de cumprimentar as pessoas, evitando abraços, apertos de mãos e beijos no rosto
  • Máscaras faciais descartáveis devem ser utilizadas por profissionais da saúde, cuidadores de idosos, mães que estão amamentando e pessoas diagnosticadas com o coronavírus
  • Pessoas de baixa imunidade devem evitar sair de casa (quem tem asma, pneumonia, tuberculose e câncer, por exemplo, assim como doentes crônicos e transplantados)

Outras medidas para casos de alta transmissão

A OMS divulgou que outras medidas devem ser tomadas em casos de surgimento de cenários de alta transmissão.

Nesse caso é necessário adotar horários alternativos evitando aglomerações em supermercados, shoppings, transporte público.

Além disso, a orientação é de evitar a prática de exercícios em locais fechados, priorizando ambientes ao ar livre.

A recomendação em relação à compra de mantimentos é de que evite compras exageradas, mas que as pessoas comprem o necessário e até em maior quantidade do que o habitual, se for o caso do surgimento de um cenário de alta transmissão.

Para idosos, doentes crônicos e pessoas com outras condições especiais a recomendação é para que entrem em contato com o médico e que as receitas de medicamentos sejam renovadas e, se possível, dadas por um tempo maior.

Evitando assim a necessidade de circular em postos de saúde e farmácias.

 

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Elissandro Sutil

Jornalista e redator no OCP