Foi confirmada ontem a primeira morte por gripe B em Jaraguá do Sul em 2016. De acordo a Gerência Regional de Saúde, a vítima foi uma menina de dez anos que faleceu na última segunda-feira (28) no Hospital e Maternidade Jaraguá, após dois dias de internação. Conforme a enfermeira da Vigilância Epidemiológica da Gerência, Mariceia Xavier, a criança tinha trissomia, uma condição genética que causa diferentes síndromes, como a Síndrome de Down. “São pacientes com mais vulnerabilidade”, explica. Essa é a segunda morte por influenza registrada na região. A primeira foi a de um homem de 49 anos em Guaramirim, confirmada na terça-feira (29), causada pelo tipo A, o vírus H1N1. As outras cinco notificações da doença no ano foram descartadas pelos exames, segundo a gerência. A enfermeira explica que a possibilidade de epidemia da gripe B é muito inferior ao do tipo A. “É uma influenza grave, mas não tem todo esse poder de disseminação, não tem a mesma virulência. O B não costuma evoluir sozinho, atinge especialmente crianças pequenas e pessoas acima de 60 anos”, esclarece Mariceia. A campanha de vacinação contra a Influenza foi antecipada em cinco dias pelo Governo do Estado e começará no dia 25 de abril, seguindo até 20 de maio. Serão 1,7 milhão de doses disponíveis nos postos de saúde em todos os municípios catarinenses. No dia 30 de abril, ocorre o dia “D” de mobilização nacional para intensificação da vacinação aos grupos de risco. As doses contra a influenza distribuídas durante a campanha, destaca a enfermeira, também são eficazes contra a gripe B. O tratamento depende do estágio da doença, mas pode ser feito com o medicamento Tamiflu. “Essa é uma medicação antirretroviral, pode ser indicada para qualquer doença viral e para qualquer tipo de gripe” disse. Além de indivíduos com 60 anos ou mais, serão vacinadas na rede pública crianças de seis meses a menores de cinco anos de idade, gestantes, as puérperas (até 45 dias após o parto), os trabalhadores de saúde e do sistema prisional, os povos indígenas, os grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais. As medidas de prevenção para não contrair o vírus são as mesmas para os outros dois tipos de influenza e incluem lavar as mãos com frequência, proteger o rosto ao espirrar ou tossir, evitar tocar olhos, nariz e bocas, entre outras orientações.