Corujas estão entre os animais silvestres mais resgatados em Jaraguá do Sul

Foto: Acervo

Por: Elissandro Sutil

03/05/2021 - 13:05 - Atualizada em: 03/05/2021 - 13:15

Personagens frequentes do imaginário popular, as corujas exercem certo fascínio nas pessoas e são muito comuns em Jaraguá do Sul.

Estas aves de rapina noturnas estão entre os animais mais resgatados pela equipe de biólogos da Fundação Municipal de Meio Ambiente (Fujama).

A última delas é da espécie corujinha-do-mato, que foi encontrada esta semana, em pleno dia, no quintal de uma residência em Jaraguá do Sul.

“A própria dona da casa que nos trouxe o animal que não conseguia voar. Ela foi levada até o veterinário e foi constatado uma fratura bem grave em uma das asas. Uma fratura aliás que já estava cicatrizada. Tudo indica que a ave estava vivendo há mais de um mês no chão se alimentando de insetos”, destacou o biólogo da Fujama, Gilberto Ademar Duwe, que recebeu ave.

Estima-se que há pelo menos 10 espécies de corujas, dos mais variados tamanhos, que vivem na região de Jaraguá do Sul.

“Geralmente por serem noturnas em sua maioria são de difícil visualização. A corujinha-do-mato, como o próprio nome diz, é uma ave de mais de interior de floresta. Mas às vezes são encontradas em residências ou se envolvem em colisão com veículos, o que é uma grande causa de lesão em corujas”, aponta Duwe.

Em 2020, uma ave da espécie Mocho Diabo, uma das maiores espécies de coruja, se chocou contra uma vidraça.

Coruja Mocho Diabo encontrada em Jaraguá do Sul. Foto: Fujama.

“Ela também machucou a asa, mas não chegou a fraturar. Depois de assistida pelo veterinário e se recuperar foi solta na natureza”, relembrou o biólogo.

Gilberto observa ainda que com a proximidade do inverno, as noites ficam mais longas e as corujas acabam aparecendo mais. Também aumenta o número de acidentes de colisões com estes animais tanto em veículos como em vidraças. “No caso das casas, por exemplo, interessante seria colocar adesivos nas vidraças como forma para resolver o problema”, sugere o biólogo.

Segundo Gilberto, independente da espécie, estas aves de rapina exercem um importante papel no ecossistema, principalmente no controle da população de ratos e outros roedores, insetos como os gafanhotos e também serpentes. Entre corujas e outros bichos a Fujama já resgatou 1.293 animais silvestres este ano.

Coruja-de-Igreja. Foto: Fujama.

 

Coruja Burraqueira. Foto: Fujama.

 

Gilberto Ademar Duwe, biólogo da Fujama, com uma Corujinha-do-mato. Foto: Fujama.