Em tempos de enfrentamento do novo coronavírus, muitos materiais de proteção como máscaras e luvas têm sido utilizados massivamente pela população como forma de proteção contra o vírus.
Mas além da preocupação com a saúde, outro tema tem chamado a atenção: os cuidados com o descarte dos materiais contaminados com o vírus.
Por possuir um alto nível de transmissão e por sobreviver por até nove dias em determinadas superfícies, o vírus representa um risco para catadores e profissionais envolvidos com a coleta de resíduos.
Por isso, o membro do Comitê Técnico do Instituto Paranaense de Reciclagem (InPAR), Mauricy Kawano, separou algumas dicas importantes para que o descarte de objetos contaminados seja o mais adequado possível tanto em residências, quanto em hospitais e centros de saúde.
Descarte em casa
Kawano explica que todos os pacientes com suspeita ou confirmação de infecção por Covid-19 deverão separar todos os resíduos, colocá-los em sacos de lixo resistentes e descartáveis e com fechamento com lacre ou nó quando o saco tiver até dois terços de sua capacidade.
“O ideal é colocar esse saco dentro de outro saco de lixo limpo, fechá-los e identificá-los para que não cause qualquer problema aos catadores e do meio ambiente. Se estiver em um condomínio é necessário informar sobre as medidas tomadas para os funcionários responsáveis pela coleta”, afirma Kawano.
O especialista lembra ainda que os materiais infectados podem ser descartados em lixos comuns, desde que sigam todos os cuidados necessários.
Descarte em hospitais
No caso de hospitais, consultórios e serviços de saúde o lixo deve estar acomodado em sacos brancos leitosos com a identificação de materiais infectantes e deverá ser recolhido por uma empresa especializada.
As recomendações fazem parte de uma cartilha da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES).
Kawano lembra ainda que, para os domicílios com casos confirmados de coronavírus, é necessário deixar os resíduos contaminados de quarentena.
“É necessário que esses materiais fiquem armazenados em um local separado antes de serem descartados. Dessa forma, evita-se que os profissionais da coleta sejam expostos ao risco”, ressalta.
Segundo o médico Günter Kampf, do Hospital Universitário Greifswald, outros tipos de coronavírus chegaram a sobreviver cinco dias em materiais como plástico, papel e vidro.
Em alguns casos, pode chegar a nove dias mas ainda não há estúdios conclusivos sobre o tempo de sobrevivência do Covid-19.
Atenção redobrada
Já em relação aos profissionais da coleta seletiva, o cuidado deve ser redobrado.
É importante que, após a quarentena nas residências, os resíduos recicláveis sejam levados para estações de transbordo, pontos de destinação intermediários que funcionam para a quarentena dos materiais por parte do município.
“Também é importante manejar os resíduos que chegam nas Instalações de Recuperação dos Resíduos antes que a triagem seja realizada. Os profissionais envolvidos nesse processo também devem utilizar os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual”, destaca.
A outra opção de destinação para os materiais contaminados é o encaminhamento para os aterros sanitários, que garantirão que o material permaneça o tempo necessário até a inativação do vírus sem expor os trabalhadores a qualquer tipo de risco.
Dessa maneira, o material não precisa de quarentena.
Com informações de assessoria de imprensa.
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