Cientista brasileira recebe mesmo título que Albert Einstein e Charles Darwin receberam

Foto: John Zich/ Universidade de Chicago

Por: Isabelle Stringari Ribeiro

20/05/2021 - 10:05 - Atualizada em: 20/05/2021 - 10:11

A pesquisadora brasileira Angela Vilela Olinto tornou-se membro da Academia Americana de Artes e Ciências. A física junta-se a outros grandes nomes que também receberam o título, como Albert Einstein e Charles Darwin. A honraria é cedida como uma forma de reconhecimento às pessoas que utilizam a ciência e outras atividades para enfrentar desafios significativos.

Durante a mesma semana, Angela foi eleita membro da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos. Ela foi indicada pela instituição e passou por um longo processo de análise, que resultou em uma votação final feita pela academia em uma reunião que acontece uma vez por ano no mês de abril.

A organização é encarregada de aconselhar o governo americano em assuntos relacionados à ciência e tecnologia. Nos dias de hoje, no máximo 120 membros podem ser eleitos durante o ano.

Sobre a cientista:

Angela é formada em física pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e tem doutorado na área pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), que é uma das instituições de ensino mais respeitadas do mundo. Com pesquisas voltadas para o estudo de astropartículas, a cientista ainda é professora da Universidade de Chicago desde 2006.

O currículo da pesquisadora é de dar inveja a qualquer um. Angela já trabalhou junto com a NASA. A cientista é mais conhecida por suas contribuições ao estudo da estrutura das estrelas de nêutrons, teoria inflacionária primordial, campos magnéticos cósmicos, a natureza da matéria escura e a origem dos raios cósmicos de maior energia, raios gama e neutrinos.

A mulher é considerada a principal investigadora da missão espacial POEMMA (Probe Of Extreme Multi-Messenger Astrophysics) e do EUSO (Extreme Universe Space Observatory) em uma missão de balão de superpressão (SPB), e membro do Observatório Pierre Auger (um centro de colaboração científica entre 19 países), todos projetados para descobrir a origem das partículas cósmicas de mais alta energia, suas fontes e suas interações.