Centro de Reabilitação Pós-Covid já está atendendo a população em Guaramirim

O aposentado João Santo Poltronieri, de 60 anos, frequenta o Centro de Reabilitação de Guaramirim após se recuperar da Covid-19 | Foto: Divulgação

Por: Áurea Arendartchuk

30/06/2021 - 06:06 - Atualizada em: 30/06/2021 - 08:06

“Quero melhorar para poder correr com os meus netinhos.” É no amor pela família e na vontade de poder curtir as brincadeiras com os netos novamente que o aposentado João Santo Poltronieri, de 60 anos, ganha forças para seguir sua recuperação após contrair a Covid-19. Ao todo, João ficou cerca de 70 dias internado no hospital e voltou para casa bastante debilitado.

Agora, ele frequenta o Centro Municipal de Reabilitação Pós-Covid e Reabilitação Cardiopulmonar de Guaramirim, iniciativa da Prefeitura de Guaramirim por meio da Secretaria Municipal de Saúde, para auxiliar na reabilitação através dos exercícios de fisioterapia.

A iniciativa, inovadora na região no que diz respeito a reabilitação cardiorrespiratória, busca atender aos pacientes que contraíram Covid-19, acabaram com sequelas graves e precisam de acompanhamento amplo com auxílio da fisioterapia para a sua recuperação.

Instalado nas dependências da Secretaria de Saúde, o espaço conta com equipamentos de ponta e atendimentos em fisioterapia para contribuir no restabelecimento do estado de saúde de pacientes que contraíram o coronavírus e tiveram sequelas mais graves. Além disso, há parceria com médico cardiologista e pneumologista para um atendimento multidisciplinar.

O aposentado João Santo Poltronieri, conta que fazia algumas atividades com ajuda da filha e genro, em casa, mas ainda não andava. “Faz uns dois meses que voltei a andar e desde que comecei o atendimento aqui, me sinto melhor”, diz.

João comenta que toda a família se dedicou para cuidar dele, agora se firma nesse amor para se recuperar. “Tem tanta coisa que agora a gente quer fazer, quer viver a vida. Mas o que mais quero é poder melhorar para correr com meus netinhos e curtir a família”, desabafa.

Foto: Divulgação

Pacientes

A secretária municipal de Saúde Cheila Rohweder, celebra as conquistas dos pacientes atendidos no espaço.

“Abraçamos o projeto idealizado pela servidora e fisioterapeuta Andressa Schmidt, e não medimos esforços para colocar o espaço em funcionamento. Estamos no início de tudo, mas cada conquista de um paciente é uma conquista também de toda a equipe da Saúde que não mede esforços para ver as pessoas bem, isso desde a identificação da doença até o seu devido tratamento e agora no auxílio em fisioterapia para recuperação”, afirma.

A pretensão da Prefeitura e Secretaria Municipal de Saúde é ampliar o espaço para realizar mais atendimentos.

Cada dia melhor

O fôlego para fazer as atividades e a disposição para uma boa conversa aos poucos estão retornando. Após 28 dias internada no hospital por conta de complicações do novo coronavírus, dona Lourita Inês Tepasse, de 65 anos, finalmente pode caminhar tranquilamente e conversar sem perder o ar.

Brinca que só não faz mais coisas porque em casa a família está sempre dê olho. Também, não é por menos: a internação deixou a família toda assustada e os cuidados devem sim continuar para a sua melhora. “Foi um susto grande para toda a família por isso sou bastante policiada em casa, mas a cada dia que passa me sinto melhor”, celebra.

Lourita Inês Tepasse, de 65 anos, ficou 28 dias internada e agora faz fisioterapia para se recuperar | Foto: Divulgação

Dona Lourita saiu do hospital há cerca de um mês e é mais uma das pacientes que começou os atendimentos no Centro Municipal de Reabilitação Pós-Covid e Reabilitação Cardiopulmonar de Guaramirim.

“Quando cheguei aqui, me sentia muito cansada, não conseguia fazer muita coisa. Agora, me sinto muito bem, posso caminhar, fazer minhas coisas e canso bem pouco. Agradeço muito ao município por nos proporcionar esse cuidado e atenção”, diz.

Uma vez por semana, ela frequenta a Secretaria de Saúde para fazer o atendimento em fisioterapia que tem ajudado em sua recuperação.

“Foram 28 dias de internação, sei que tem gente que fica bem mais que isso, mas esse tempo deixa a gente bastante debilitada em tudo. E quando sai do hospital, minha primeira preocupação foi com a fisioterapia”, diz.