Centro de reabilitação em Florianópolis retira dois projéteis de chumbo de um biguá

Biguá tinha dois projéteis de chumbinho numa das asas | Foto Suelen Goulart/R3 Animal

Por: Ewaldo Willerding Neto

18/09/2020 - 11:09 - Atualizada em: 18/09/2020 - 11:11

Um biguá (Phalacrocorax brasilianus) foi diagnosticado com duas balas de “chumbinho” alojadas em uma das asas. A equipe do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) resgatou a ave após ser acionada por um morador do município de Penha.

A ave foi encaminhada para o Centro de Pesquisa, Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos (CePRAM/R3 Animal), em Florianópolis, onde o material foi retirado.

O biguá foi resgatado no dia 7 de agosto, após um morador do município de Penha acionar o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) via telefone 0800 642 3341. A equipe da Univali, responsável pela execução do PMP-BS naquele trecho, resgatou o animal.

 

“Durante o processo de reabilitação, o biguá apresentava limitação nos movimentos e não conseguia abrir a asa esquerda”, explica o veterinário Sandro Sandri. Um exame de raio-x revelou a presença de dois artefatos metálicos.

 

Ave foi tratada em Florianópolis | Foto Suelen Goulart/R3 Animal

 

Para retirar os artefatos, a veterinária Janaina Rocha Lorenço anestesiou a ave e o veterinário Sandro Sandri realizou o procedimento cirúrgico com a assistência da bióloga Suelen Goulart.

“Constatamos que se tratava de dois projéteis de armas de pressão de calibres diferentes: um de 6.5 e outro de calibre 4.5. Os chumbinhos estavam dois centímetros distantes um do outro. Claramente uma ação antrópica, de agressão e vandalismo contra o animal”, lamenta Sandro.

A expectativa é para que assim que o biguá se recuperar totalmente da cirurgia, será feita a fisioterapia para que ele consiga exercitar as asas e encaminharmos ele para a soltura.

 

Expecativa é pera recuperação do Biguá | Foto Suelen Goulart/R3 Animal

Fique atento

  • Maltratar, matar ou mutilar animais é crime previsto na lei federal 9.605/98. Caso presencie ou saiba de algum caso de maus-tratos, denuncie, ligue 190.
  • Ao encontrar um mamífero, tartaruga ou ave marinha debilitada ou morta na praia, ligue 0800 642 3341. Você pode ajudar a salvar vidas!

 

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