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Campanha incentiva construção de laços de amor

Há mais candidatos a pais em Santa Catarina do que crianças em programas. Mas a maioria ainda busca crianças menores de três anos - Foto: Divulgação

Por: OCP News Jaraguá do Sul

15/07/2016 - 04:07 - Atualizada em: 18/07/2016 - 07:36

A Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) lança hoje a segunda edição da campanha Adoção – Laços de Amor. O desafio é ir além da sensibilização social proposta em 2011, estabelecendo medidas práticas que contribuam para desburocratizar os processos de adoção de crianças e adolescentes. A proposta é incentivar a adoção sem preconceito, mostrando como os vínculos entre pais e filhos adotivos surgem independentemente de idade, gênero ou qualquer outra condição.

Para a diretora da secretaria de Assistência Social de Jaraguá do Sul, Euci Cristofolini, são importantíssimas as companhas de incentivo às adoções tardias, considerando que são as crianças com mais de dez anos que começam a ter mais dificuldades em ser adotadas. “A maioria das pessoas (adotantes) quando preenchem o cadastro colocam no perfil a preferência por bebês de até três anos, meninas, brancas, sem problemas de saúde”, disse.

Ela contou que em Jaraguá do Sul, a secretaria realiza ações que pretendem desmistificar as adoções de crianças mais velhas e adolescentes, por meio da participação de funcionários dos abrigos municipais nos cursos realizados para os adotantes e também com o programa de apadrinhamento afetivo, em que pessoas da comunidade podem acolher crianças e jovens para convívios familiares ou ajuda financeira, por exemplo. Euci relatou que muitos apadrinhamentos acabam em adoção.

Santa Catarina tem 1.458 crianças e adolescentes em programas de acolhimento, muitos deles em condições de serem adotados. Enquanto isso, na outra ponta, a fila de pessoas que querem adotar é maior: são 2.502 pretendentes habilitados em todo o estado. Ou seja, há mais candidatos a pais do que menores aptos à adoção. Mas, na prática, esses números não fecham.

Pesquisas revelam que esse descompasso ocorre porque 80% dos inscritos desejam adotar crianças com até três anos, preferencialmente meninas e sem irmãos. Entretanto, a maioria das crianças aptas à adoção em Santa Catarina está acima dos oito anos, contrariando a expectativa daqueles que planejam acolher um filho adotivo em seus lares.

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OCP News Jaraguá do Sul

Publicação da Rede OCP de Comunicação