Campanha “Chega de violência contra a mulher” é apresentada em Joinville

“Esta é uma campanha em unidade. Estamos numa grande força tarefa para que esta mensagem seja inserida nas empresas, nas entidades, na comunidade”. Este pedido partiu da presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM), Juliane Patrícia Tavares, durante a apresentação da campanha “Chega de violência contra a mulher, mais amor, menos ódio, o dia é nosso, mas a mensagem é para todos!”.

O evento foi realizado na manhã desta quinta-feira (21) pelo CMDM e a Secretaria de Assistência Social (SAS), no auditório do Senai Sul, com a participação de entidades públicas e privadas e vereadores.

O objetivo é mobilizar a sociedade de modo geral. A campanha é alusiva ao Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março. Todas as instituições da sociedade estão convidadas a apoiar e aderir aos símbolos da campanha, divulgando os cartazes, panfletos, marca páginas e adesivos. O material promocional deve ser solicitado à Secretaria de Comunicação.

“É importante que todos os atores da comunidade, empresas, escolas, associações e organizações, se envolvam. É uma responsabilidade social levarmos esta mensagem a todos os espaços para a construção de uma cultura de paz e de não violência”,destaca a coordenadora de Políticas Públicas para as Mulheres da SAS, Ana Aparecida Pereira. Estão sendo destacados os números para denúncias: 180, além do 181 da Polícia Civil, e do telefone 190 da Polícia Militar.

A cada três minutos, uma mulher sofre violência no Brasil

O Brasil ocupa o 5o lugar na lista da violência contra a mulher, segundo dados da Organização Mundial da Saúde. “A cada três minutos, uma mulher sofre violência no Brasil. Santa Catarina ocupa o 5º lugar em feminicídio, no país, e Joinville já registrou 21 casos, apenas na primeira semana deste ano. Cerca de 75% dos casos de violência são provocados pelos companheiros ou ex-companheiros, maridos e familiares. Precisamos transformar a cultura de violência pela cultura da não violência”, alertou Ana.

A meta é que a divulgação se multiplique e que as pessoas abracem a campanha. Para a coordenadora, precisa ficar cada vez mais evidente para as mulheres que elas podem denunciar, e para os homens ficar claro que existe a proteção e a sociedade está alerta.

O diretor executivo da SAS, Fábio Oliveira, disse que não tem como não se sensibilizar com as situações que acontecem. “Vamos mobilizar todas as forças da sociedade e estamos pedindo que cada instituição se mobilize para ampliarmos a alcance. E não é apenas colar um cartaz, ou entregar um panfleto, é convidar a parar e a refletir”, ressaltou.

A campanha será enfatizada em ações que serão promovidas durante o mês de março, nos dias 7, 8 e 13, culminando com o 1o Seminário de Mulheres da Região Norte de Santa Catarina, que será realizado no dia 28, das 18 às 22 horas, no Teatro Juarez Machado.

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