Os caminhoneiros autônomos começaram nesta segunda-feira (21) paralisação nacional em protesto aos constantes aumentos dos combustíveis. No caso dos veículos pesados, o problema é com o valor do óleo diesel. O movimento começou com quatro pontos de paralisação pela manhã e foi crescendo durante a tarde.
Até as 17h, a Polícia Rodoviária Federal já havia confirmado 14 pontos de parada dos trabalhadores nas rodovias de Santa Catarina. A PRF registrou trânsito lento nos locais e retenção de veículos de carga.
Confira os locais das paralisações:
Região Sul
– Imbituba (km 282 da BR-101): Manifestação fora da rodovia.
– Tubarão (km 342 da BR-101): Veículos de carga convidados a parar.
– Jaguaruna (km 354 da BR-101: Tratores estão obstruindo pista da direita de ambos os sentidos. veículos de carga são convidados a parar.
– Araranguá (km 421 da BR-101): Veículos de carga são convidados a parar.
Vale do Itajaí
– Navegantes (km 9 da BR-470): Manifestação fora da rodovia.
– Itajaí (km 116 da BR-101): Veículos de carga convidados a parar.
Planalto Norte e Norte
– Mafra (km 7 da BR-116): Veículos de carga são convidados a parar.
– Papanduva (km 54 da BR-116): Veículos de carga são convidados a parar.
– Araquari (BR-280, km 21): Veículos de carga são convidados a parar.
Região Serrana
– Santa Cecília (km 138 da BR-116): Veículos de carga convidados a parar.
– Lages (lm 245 da BR-116): Veículos de carga convidados a parar.
– Campos Novos (km 344 da BR-282): Veículos de carga convidados a parar.
Oeste e Meio Oeste
– Joaçaba (km 395 da BR-282): Veículos de carga convidados a parar.
– Ponte Serrada (km 463 da BR-282:: Veículos de carga convidados a parar.
Na Grande Florianópolis, não foi registrada nenhuma manifestação ou paralisação de veículos. A mobilização nacional também não afetou as rodovias da região de Joinville, no Litoral Norte do Estado.
De acordo com informações dos sindicatos dos caminhoneiros e transportadores de cargas, até as 14h30, tanto em Joinville, quanto Itapoá e São Francisco do Sul não registaram manifestações significativas que comprometesse quaisquer atividades. Os representantes disseram também que toda as mobilizações estão sendo controladas a partir das entidades da Capital.
As reivindicações
A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) protocolou na última segunda-feira (14), ofício para cobrar medidas do governo Federal em função do aumento das refinarias e dos impostos que recaem sobre o óleo diesel.
“As recentes paralisações feitas em diversas rodovias do país refletem o desespero e a insatisfação da categoria, que não têm seus pleitos ouvidos pela Governo. Além da correção quase que diária dos preços dos combustíveis realizado pela Petrobrás, que dificulta a previsão dos custos por parte do transportador, os tributos PIS e Cofins, majorados em meados de 2017 com o argumento de serem necessários para compensar as dificuldades fiscais do Governo, são o grande empecilho para manter o valor do frete em níveis satisfatórios”, divulgou a Abcam.
Apesar da manifestação disparada ao governo na semana passada, a Petrobrás anunciou novo aumento no valor repassado às distribuidoras para esta terça-feira (22). O óleo diesel aumenta de R$ 2,3488 para R$ 2,3716 o litro, e a gasolina de R$ 2,0680 para R$ 2,867 o litro.
A associação defende ainda que a redução dos tributos poderia impactar em queda nos custos da produção agropecuária, no preço do frete dos alimentos e nas tarifas do transporte em geral, o que beneficiaria a população.
No documento protocolado na Presidência da República e na Casa Civil, a Abcam sugeriu a “criação de um Fundo de Amparo ao Transportador Autônomo, destinado ao custeio de um programa para aquisição de óleo diesel, ou um sistema de subsidio para aquisição de óleo diesel por parte dos transportadores autônomos”.
* Colaborou: Windson Prado