O período para propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão, assim como para a campanha por meio de reuniões públicas ou comícios chega ao fim hoje. Também é ultima oportunidade para debates com os candidatos, seja no rádio ou na TV, conforme calendário definido pela Justiça Eleitoral para as eleições municipais.
Encerrando hoje 45 dias de campanha, iniciadas em 16 de agosto, os quatro candidatos a prefeito de Jaraguá do Sul consideram que a disputa foi boa, seja pela lição e experiência adquiridas na caminhada ou pela aceitação aos planos de governo e o carinho dos eleitores.
“A nossa campanha foi excelente, uma lição de vida, uma caminhada que todo ser humano deveria participar. Nós rodamos a cidade inteira e ainda tem muito lugar para visitar”, comenta Antídio Lunelli (PMDB).
Por outro lado, o candidato alega ter sofrido ataques pessoais logo no início da disputa, mas que não aderiu ao que chama de “jogo sujo”. “Apresentamos projetos e propostas para fazer uma Jaraguá mais forte, pois ninguém vai conseguir emprego, não vamos gerar renda nem receita com os ataques pessoais, não vai construir obras e nem pavimentar ruas”, declara Lunelli. A expectativa do candidato para este domingo, 2 de outubro, é fazer uma “votação significativa”.
Quem também mantém boas perspectivas para o dia do pleito é o candidato Ivo Konell (PSB). Ele conta que o carinho que vem recebendo da população a cada dia é o que justifica a confiança no resultado da eleição. “Chegando perto do final da campanha, vemos que estamos no rumo certo e que os jaraguaenses estão totalmente do nosso lado, estamos caminhando para vitória e para o progresso”, declara Konell.
Campanha intensa
“Muito animado, contente e satisfeito” é como o candidato Jair Pedri (PSD) descreve o período de campanha, na qual diz receber, a cada instante, novos apoiadores. “A cidade, a população, entendeu o modelo de gestão que queremos implantar quando assumirmos, focada em pessoas e no pequeno e médio empreendedor. E o melhor, as pessoas estão compartilhando nossa proposta com amigos, parentes”, conta Pedri.
O candidato relata ainda que a campanha foi bastante intensa, com muitas visitas à população pelo município. “Perdi quatro quilos, paro muito pouco para comer, ao meio dia é quando aproveito para fazer visitas, porque é o horário que as pessoas estão em casa”, revela Pedri.
Com uma campanha “franciscana”, o candidato Luiz Ortiz (PT) diz que a disputa contou com poucos recursos financeiros e também com um número pequeno de pessoas, todas voluntárias. “A gente gastou foi muita sola de sapato e saliva”, brinca. Ortiz conta que ficou surpreso com a boa aceitação do eleitorado, tanto aos candidatos quanto à proposta de governo.
“Falaram que o PT seria mal falado, mal recebido, mas foi uma surpresa, porque as pessoas sabem do que se passa em Brasília, mas sabem também que tem outros partidos envolvidos”, avalia o candidato.
Até por conta dos escândalos na esfera federal, Ortiz observa que a população deseja a mudança na política e, por isso, o candidato também está confiante para o dia do pleito, por entender que a chapa propõe justamente esta mudança para Jaraguá do Sul. O candidato acredita que o voto dos indecisos poderia render mais uma surpresa favorável à chapa no resultado da eleição.
Candidatos avaliam mudanças no processo eleitoral
Quanto às mudanças no processo eleitoral, o candidato Antídio Lunelli diz que as regras “são boas e ruins”, sendo positivas por terem tornado a eleição mais curta e mais barata, com menos poluição visual e santinhos nas ruas, mas tendo o contraponto de ter menos envolvimento da população.
Já o candidato Ivo Konell diz que apoia o novo modelo por considerar que ele deixa o sistema “mais rígido, já que atualmente vivemos num cenário político sujo”. Quanto à redução do tempo de campanha, Konell afirma que buscou dar prioridade ao contato direto com a população a fim de ouvir suas necessidades.
A redução do tempo de propaganda foi citada por Jair Pedri como a mudança mais significativa. Ele considera que o novo formato pode ser bom para o eleitor, mas defende sua revisão. “A próxima eleição é estadual, e se nem no município conseguimos chegar a todos (eleitores), imagina um deputado fazer campanha em 45 dias”, pontua.
O candidato Luiz Ortiz também avalia que o tempo não foi suficiente. Ele observa que para poder produzir o material de campanha, era preciso ter os recursos disponíveis, o que dependeu de abertura de conta e de outros procedimentos que demoraram para ser providenciados. “Se tivesse mais uns 15 dias poderia levar nossa proposta para mais pessoas”, comenta ele.