Cachalote-pigmeu resgatada em Imbituba não resiste

Por: OCP News Criciúma

21/10/2020 - 22:10 - Atualizada em: 21/10/2020 - 22:23

A cachalote-pigmeu (Kogia breviceps) que estava em reabilitação no Centro de Pesquisa, Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos (CePRAM/R3Animal) veio a óbito no início da manhã desta quarta-feira.

A cachalote-pigmeu era uma fêmea, com 3 metros de comprimento e 370 quilos. Ela encalhou na praia da Ribanceira, em Imbituba, na manhã de segunda-feira. Chegou a ser desencalhada por duas vezes por pescadores e moradores, mas encalhou novamente.

As instituições executoras do PMP-BS naquela região, Instituto Australis e Udesc, juntamente com o Protocolo de Encalhes da APA da Baleia-franca foram acionadas e optou-se então pela translocação do animal até Florianópolis.

Uma equipe da R3 Animal, composta por veterinários, biólogos e oceanólogo foi enviada para fazer o transporte em um trailer adaptado para transportar animais marinhos. A operação contou com o apoio e a escolta da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

 

Segundo a responsável técnica do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) em Florianópolis, médica veterinária Marzia Antonelli, o animal apresentou um comportamento mais ativo durante a madrugada.

“Ela nadava bastante e tentava mergulhar, sem a necessidade de contenção. No início da manhã foi hidratada e medicada. Mas infelizmente teve uma parada cardiorrespiratória e morreu”, explica Marzia.

O animal foi encaminhado para necropsia para tentar identificar o motivo do encalhe e a possível causa da morte. O resultado sairá nos próximos dias.

Os resultados dos exames complementares até agora apontam que os parâmetros estavam de acordo com os padrões desta espécie.

Fotos: Associação R3 Animal

Para o gerente do PMP-BS/R3 Animal, o oceanólogo Emanuel Ferreira, apesar do ocorrido, a experiência que fica vai contribuir para o auxílio em encalhes futuros de cetáceos e na ajuda da preservação das espécies.

“Só o fato de conseguirmos transportar e manter vivo por mais de 24 horas um animal deste porte, já é uma conquista. A reabilitação de cetáceos é algo muito difícil e complexo. Temos certeza que investimos todos os esforços e conhecimentos para proporcionar o bem-estar do animal durante o tratamento”, avalia Emanuel.

“Nosso agradecimento a todos os colaboradores, técnicos e voluntários que se dedicaram com tanto empenho e carinho 24 horas por dia na reabilitação da cachalote-pigmeu. Apesar do momento triste que todos os envolvidos estão passando, fica a nossa gratidão às equipes da Udesc/Laguna, Instituto Australis, Univille, Projeto Toninhas, Laboratório de Mamíferos Aquáticos (LaMAq/UFSC) e Univali”, comunicou a R3Animal.

 


Colaboração Associação R3 Animal

 

 

 


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