Autoescolas procuram adiar a exigência de simuladores

Por: OCP News Jaraguá do Sul

12/01/2016 - 10:01 - Atualizada em: 14/01/2016 - 09:10

 

Caso não cumpram a exigência de uso dos simuladores de direção durante a formação de condutores, as autoescolas não poderão formar nenhum novo motorista nem renovar os alvarás de funcionamento. É o que determina a resolução 543 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), de julho de 2015, que começou a valer neste mês. A obrigação abrange os candidatos à primeira habilitação na categoria B (carros) e obriga os alunos a terem cinco aulas no simulador, do total de 25 aulas práticas

“Estamos em negociação com as duas empresas em Santa Catarina que fornecem o simulador de direção veicular, mas está bem difícil. Os nossos candidatos irão concluir os cursos de formação no final de fevereiro, mas não vamos deixá-los desassistidos”, diz o presidente do Sindicato dos Centros de Formação de Condutores de Santa Catarina (Sindemosc) e da Associação dos Centros de Formação de Condutores do Vale do Itapocu, César Isaí Stolf.

Neste sábado (15), o sindicato realiza uma assembleia geral em Itapema para tratar sobre um pedido verbal de prorrogação por seis meses feito à direção do Detran-SC. “Por enquanto, não entramos com nenhuma ação [formal] nesse sentido”, garante. Ele atesta que as empresas credenciadas para atuarem em Santa Catarina são a Pró-Simulador, de São Paulo (SP), e a Real Drive, de Caxias do Sul (RS). As autoescolas precisam comprar ou alugar os equipamentos de empresas credenciadas pelo Denatran (Departamento Nacional de Trânsito).

Das 420 autoescolas que atuam em Santa Catarina, segundo ele, 170 são filiadas à Sindemosc. Por enquanto, apenas empresas nos municípios de Barra Velha, Joinville, Florianópolis e Tubarão providenciaram os simuladores.

Stolf afirma que a aquisição do aparelho que simula o motorista ao volante gira em torno de R$ 40 mil e que no sistema de comodato a cobrança é de R$ 20 por hora/aula. Ao ser repassado ao aluno, esse custo oscilaria entre R$ 35 a R$ 37. “Hoje, em média, o curso de primeira habilitação está em torno de R$ 1,9 mil e estamos tentando não fazer reajuste”, assegura. No ano passado, ele estima que houve uma redução de 30% em novas CNHs para os catarinenses.

Ainda segundo César Stolf, existe uma média, por centro de formação, de 29 candidatos por mês que recebem nova habilitação no Estado.
A diretora de uma autoescola em Jaraguá do Sul Jurema Lessmann conta que atualmente estão matriculados 25 alunos. O custo do curso da categoria B é de R$ 1.950 e de carro e moto, R$ 2,4 mil.

No Detran, o discurso é de manutenção na exigência. “A resolução é de julho de 2015. Não existe nenhum processo parado. Se hoje ainda não há nenhum candidato que usou simulador é por inércia das autoescolas”, declara a gerente de Habilitação do órgão, Cláudia Bernardi da Silva.

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Publicação da Rede OCP de Comunicação