Aumentam focos do mosquito Aedes aegypti em Santa Catarina

Foto Arquivo/Secom/Prefeitura de Joinville

Por: Ewaldo Willerding Neto

28/01/2019 - 10:01 - Atualizada em: 28/01/2019 - 10:18

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) promoveu um encontro com representantes de entidades empresariais para debater a importância da eliminação dos focos do mosquito Aedes aegypti no estado. A reunião aconteceu na sede da Federação das Associações Empresariais em Santa Catarina (Facisc), em Florianópolis.

Conforme o último boletim sobre a situação da vigilância entomológica do Aedes aegypti, até 12 de janeiro já foram identificados 727 focos do mosquito em 75 municípios do estado.

Reunião aconteceu na sede da Facisc, em Florianópolis | Foto Secom/Divulgação

Comparado ao mesmo período do ano passado, houve um aumento de 28,4%. Santa Catarina contabiliza, atualmente, 76 municípios considerados infestados.

Durante o encontro, a Superintendente da Vigilância em Saúde (SUV), Raquel Bittencourt, ressaltou que o objetivo destas parcerias é evitar a proliferação do mosquito transmissor dos vírus da dengue, zika e chikungunya pelo estado.

“Santa Catarina sempre se mostrou unida. Precisamos dessa união no combate ao mosquito, que em apenas sete dias tem um ciclo completo, ou seja, ao depositar os ovos em locais com água parada, em uma semana já temos novos mosquitos”, destacou Raquel Bittencourt.

Dentre as ações propostas estão:

1 – A implantação da coleta de resíduos sólidos; divulgação de material de conscientização sobre medidas de controle do mosquito, orientação à população;

2 – Manutenção e cuidados com a estrutura física dos estabelecimentos, evitando locais que acumulem água.

O secretário de Estado da Saúde, Helton de Souza Zeferino, acrescentou que o poder público precisa da parceria da sociedade na eliminação de potenciais criadouros do mosquito.

“Temos que sensibilizar a comunidade para a responsabilidade de cada morador no combate à dengue. Temos que começar pelos nossos quintais. Se cada um fizer sua parte e falar com a família e os vizinhos, teremos êxito no trabalho. Evitando os criadouros, evitamos o aparecimento das doenças”, enfatizou o secretário de Estado da Saúde, Helton de Souza Zeferino.

O programa de vigilância e controle do Aedes aegypti em Santa Catarina é coordenado, desde 2002, pela Gerência de Vigilância de Zoonoses e Entomologia da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC), vinculada à SUV.

Dentre as estratégias estão a vigilância entomológica, com a detecção precoce e o controle do mosquito; a vigilância epidemiológica, com a investigação dos casos suspeitos e confirmados; e ações de controle vetorial.

O encontro propôs uma série de ações, entre elas:

1 – Separação dos resíduos e destinação correta do lixo;

2 – Manutenção das estruturas físicas, envolvendo limpeza de lajes, calhas e marquises e divulgação de materiais informativos de conscientização.

“Essas ações, que são simples, fazem uma diferença enorme, especialmente nessa época do ano, em que as condições climáticas contribuem para o aumento do número de focos. Combinações como chuvas seguidas de altas temperaturas são ideias para que haja proliferação do mosquito”, complementa Maria Teresa Agostini, diretora da DIVE/SC.

João Fuck, gerente de vigilância de zoonoses e entomologia da DIVE/SC, também destaca o risco do descarte incorreto do lixo para proliferação do mosquito.

“A maioria dos focos no estado estão nesses locais. Garrafas de plástico, copos de café e até tampinhas podem se transformar em criadouros do mosquito. Por isso, o objetivo da campanha é mobilizar a população e a sociedade civil organizada tendo em vista que é preciso unir esforços nas ações de controle ao Aedes aegypti”, enfatiza João Fuck.

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